O mercado brasileiro de milho teve preços firmes e oferta restrita na semana passada. Os participantes estiveram observando o clima, devido ao atraso do plantio de milho verão e desvalorização cambial em função das eleições. Segundo o analista de Safras & Mercado Paulo Molinari, o produtor reteve a oferta, esperando por preços melhores para negociar. "Enquanto não chover o produtor não vai vender", alertou.
As exportações de milho do Brasil renderam US$ 1,331 milhão até a segunda semana de outubro (oito dias úteis), com média diária de US$ 22,5 milhões. A quantidade total de milho exportada pelo país chegou a 1,331 milhão de toneladas, com média diária de 166,4 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 176,8.
Entre setembro e outubro, houve uma alta de 30,8% no valor médio exportado, uma valorização de 36,4% na quantidade e um decréscimo de 4,1% no preço médio. Na relação entre outubro de 2014 e o mesmo mês de 2013, houve baixa de 16,1% no valor total exportado, recuo de 3,2% na quantidade total e desvalorização de 13,4% no preço médio.
Na quinta-feira passada, a Conab confirmou novo leilão de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro), ofertando 910 mil toneladas para o próximo dia 23 de outubro. Os estados participantes serão Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Maranhão, Goiás e Piauí.
No mesmo dia, o porto de Paranaguá teve preço em R$ 24,80. No Porto de Santos, o preço ficou em R$ 26,00. No Estado do Paraná, a cotação comprador/vendedor em Cascavel ficou em R$ 21/22,00. Em São Paulo, preço a R$ 22/23,00, na Mogiana. Em Campinas CIF, preços a R$ 26/26,50. No Rio Grande do Sul, preço a R$ 24/25,00, em Erechim. Em Minas Gerais, o preço em Uberlândia foi de R$ 22,00. Em Goiás, preço a R$ 18, em Rio Verde. Em Mato Grosso, preço a R$ 12,50/16,00, em Rondonópolis. As informações são de Safras & Mercado.
Mínimo - O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou ontem que está intensificando as operações de compra de milho para garantir o preço mínimo ao produtor rural. Nas praças em que o valor de mercado estiver abaixo do preço mínimo, o produtor poderá procurar a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para fazer a Aquisição do Governo Federal (AGF).
O Conselho Interministerial de Estoques Públicos de Alimentos autorizou alocação de R$ 350 milhões, suficientes para adquirir 1,2 milhão de toneladas de milho.
Já estão disponíveis na Conab recursos de R$ 41 milhões para os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Maranhão. Mato Grosso conta com R$ 30 milhões e o restante do valor será distribuído entre os outros três estados.
O preço mínimo nas regiões Sul e Sudeste, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal está em R$ 17,67 a saca de 60 quilos. Já para o Mato Grosso e Rondônia, R$ 13,56/saca.
Veículo: Diário do Comércio - MG