A desaceleração da economia brasileira e, principalmente, do mercado interno fizeram com que as importações do setor eletroeletrônico caíssem dos US$ 4,2 bilhões, registrados em outubro de 2013, para US$ 3,7 bilhões, no mesmo mês deste ano.
A retração é de 12%, segundo os dados da Abinee (associação brasileira da indústria). "As fabricantes do país dependem da importação de componentes", afirma o presidente da entidade, Humberto Barbato.
"A queda [na compra de itens do exterior] é consequência da diminuição da produção física do setor, que ficou em 2,1% até setembro deste ano", acrescenta.
Entre janeiro e outubro, os desembarques de eletroeletrônicos recuaram 5,3%. Essa diminuição garantiu uma queda no deficit comercial do setor, que passou de US$ 30,9 bilhões para US$ 29,37 bilhões (-4,95%). A entidade projeta encerrar o ano com um deficit de US$ 35 bilhões (R$ 90 bilhões). O valor é 2,8% inferior ao do ano passado, quando o saldo negativo atingiu seu recorde, de US$ 36 bilhões.
"É importante destacar que essa queda no deficit decorre de uma diminuição das importações, e não de um aumento das exportações." As vendas para outros países diminuíram 7,2% nos dez primeiros meses deste ano. O segmento de telefones celulares foi um dos com pior desempenho (-76%).
"Quem vinha comprando celular do Brasil eram os países vizinhos, principalmente a Argentina. Vários deles colocaram travas ao comércio."
Veículo: Folha de S. Paulo