O conselho de administração da Via Varejo aprovou, em reunião na quarta-feira, a proposta para reestruturar a dívida da Nova Pontocom, empresa que reúne os sites de Casas Bahia, Extra e Ponto Frio.
Criada com aporte de R$ 28 milhões, a Nova Pontocom não informa em relatório trimestral volume de débitos e empréstimos. Segundo apurou o Valor, a reestruturação envolve dívida que a Nova Pontocom tinha com o Grupo Pão de Açúcar (GPA), sócio da empresa, e a Via Varejo está assumindo uma parcela proporcional desse montante, com base em sua participação acionária na varejista on-line.
A Cnova, que reúne operações da Nova Pontocom e da Cdiscount (site do Casino, controlador da Via Varejo), somava em setembro dívidas de € 107,9 milhões (US$ 136,3 milhões), sendo € 87,9 milhões como empréstimos de partes relacionadas e € 20 milhões em outros passivos financeiros, segundo último relatório de resultados. Em setembro, a Nova Pontocom somava vendas de R$ 4,7 bilhões e prejuízo de R$ 59,6 milhões.
Em nota, a Via Varejo informa que ela e o GPA "realizaram a estruturação da dívida para fins contábeis referente à sociedade Nova Pontocom, que não é mais operacional. Dessa forma, cumpre esclarecer que a decisão não tem relação com a Cnova, assim como não promove nenhuma alteração na participação acionária das companhias".
Em reunião do conselho, também foi aprovada a proposta da administração para incorporação pela companhia das empresas Ponto Frio Administração e Importação de Bens e Rio Expresso Comércio Atacadista de Eletrodomésticos. Também aprovou-se a dissolução da Sabara S.A., que aparece na lista de subsidiárias da Via Varejo.
Segundo a ata da assembleia, foi aprovado acordo para reembolso de despesas entre o Casino, GPA e Via Varejo para rateio do plano de incentivo de longo prazo contratado entre Casino e determinados executivos da CNova. A empresa não informa valores do rateio.
O conselho aprovou a incorporação de nove subsidiárias: GPA4, GPA5, Vedra, Monte Tardeli, API SPE 06, ECQD, P.A. Publicidade, Vancouver e Duque Conveniências.
Como ocorre trimestralmente, foi aprovado o fechamento de contratos de descontos de recebíveis, para o primeiro trimestre de 2015, no valor de até R$ 5,47 bilhões. No primeiro trimestre de 2014, a soma foi de R$ 5,48 bilhões.
Veículo: Valor Econômico