No mês em que todas as expectativas deveriam ser positivas, por ser o melhor período de vendas tradicionalmente, muitos varejistas de Belo Horizonte estão mantendo o mesmo ritmo do resto do ano nas proximidades do Natal. Neste mês, 88,1% dos estabelecimentos comerciais fizeram volume de pedidos para formação de estoques igual ou inferior a novembro e com 83% das lojas continuam com o quadro de funcionário igual ou menor.
Os dados compõem a Pesquisa de Opinião do Comércio Varejista de Belo Horizonte, divulgada ontem pela Federação do Comércio do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG). O levantamento mostrou que apenas 11,9% dos empresários aumentaram os pedidos voltados para a formação de estoque de dezembro. Outros 81,8% mantiveram a quantidade do mês anterior e 6,3% reduziram. Já no que se refere à mão de obra, 81,1% dos estabelecimentos comerciais conservaram o quadro de novembro em dezembro. Outros 1,9% optaram por demitir e 17,1% contrataram.
A forma como os varejistas estão agindo revela falta de otimismo. Em um mês em que as vendas costumam ser bem melhores do que em todo o ano, muitos comerciantes acreditam as vendas não vão crescer. A pesquisa mostrou que 31,9% acreditam que os resultados serão iguais ou piores que novembro.
"Esses números mostram um problema. Os varejistas deveriam ter uma expectativa melhor, mas o cenário econômico fez com que eles ficassem cautelosos. Nos outros meses as vendas caíram e é natural que o empresário fique na dúvida", afirma o economista da Fecomércio-MG, Gabriel de Andrade Ivo.
Em novembro houve perdas, segundo mostra a pesquisa. Dentre os entrevistados, 75% alegaram ter registrado vendas iguais ou abaixo do alcançado no mesmo mês de 2013. Apenas 25% tiveram resultados melhores.
Veículo: Diário do Comércio - MG