Confiança do consumidor aumenta em janeiro

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A disposição do brasileiro ao consumo registrou ligeiro aumento na passagem de dezembro para janeiro, mas houve piora na avaliação sobre o acesso ao crédito e sobre a compra de bens duráveis. Ambos os quesitos atingiram o pior nível da série histórica da Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias, divulgada ontem pela Confederação Nacional do Comércio (CNC).

 

 



A intenção de consumo das famílias (ICF) registrou alta de 0,2% na comparação com dezembro, para 119,7 pontos, acima da zona de indiferença (100,0 pontos), patamar considerado favorável. Apesar da melhora, o resultado é 8,6% inferior ao de janeiro de 2014. "Houve piora na confiança entre as famílias com renda de até 10 salários mínimos. O mercado de trabalho não está mais tão favorável, e isso atinge primeiro essa faixa de renda mais baixa. Essa população é mais vulnerável", explicou Juliana Serapio, assessora econômica da CNC.

O nível de confiança das famílias com renda abaixo de dez salários mínimos recuou 0,3% em janeiro ante dezembro. Só houve melhora porque as famílias com renda acima de dez salários mínimos apresentaram elevação de 1,8%. O aumento do custo do crédito e o alto nível de endividamento ainda motivam um desaquecimento na intenção de compras a prazo. O componente "acesso ao crédito" registrou novamente queda de 0,6% ante dezembro, para 123,4 pontos, voltando ao menor nível da pesquisa, iniciada em janeiro de 2010, mesmo patamar de novembro de 2014.

Duráveis - Já o item "momento para duráveis" teve redução de 0,9% na comparação com dezembro, para 97,2 pontos, também o menor valor da série histórica e abaixo da zona de indiferença. A tendência é de deterioração ainda maior nos próximos meses nesses dois componentes, diante do aumento do imposto sobre o crédito para pessoa física, anunciado esta semana pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

A taxa de juros para pessoa física estava em 44,19% ao ano em novembro, último dado divulgado pelo Banco Central. Mesmo quando a Selic (taxa básica de juros) permanecia estável, ela se mantinha aumentando. Agora, com novos aumentos da Selic e a alta do imposto sobre o crédito, acredito que vá piorar, certamente", disse Juliana. (AE)



Veículo: Diário do Comércio - MG


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