Mesmo diante de entraves como crise energética, retração do consumo e elevação de impostos, o mercado brasileiro de brinquedos deverá avançar neste ano
A meta é que o faturamento do varejo e das fabricantes cresça entre 15% e 26,5% na comparação com 2014. No ano passado, a expansão ficou em 10,7%, segundo estimativa da Abrinq (associação dos fabricantes). A redução de 2% a 2,5% no preço dos produtos (decorrente de um ganho de escala) e a elevação no número de lançamentos favoreceram o setor, de acordo com a entidade.
O mercado costuma ter 4.500 modelos. Em 2014, foram introduzidos 1.200 itens novos, sendo que a média anual é de 800. Apenas a Estrela, que registrou alta de 49% na receita com vendas nos nove primeiros meses de 2014, lançou 158 brinquedos --uma renovação de 40% de seu portfólio.
"Lançamos 20% a mais que a média histórica porque estávamos com receio do efeito da Copa. Neste ano, devido ao cenário econômico difícil, vamos repetir a estratégia", afirma o presidente da empresa, Carlos Tilkian. O executivo projeta para 2015 uma alta real de 10% no faturamento. O dólar mais caro deve fazer com que a companhia reduza a parcela de importados de 35% para algo entre 30% e 25%.
"Esperamos uma queda de mais de 25% nas importações, o que favorecerá o mercado nacional", acrescenta o presidente da Abrinq, Synésio Batista da Costa.
Veículo: Folha de S. Paulo