O presidente da Arteris, David Díaz, considera que a mobilização dos caminhoneiros nos últimos dias terá um impacto mais indireto, mas não quantificou qualquer montante sobre eventual redução de faturamento com pedágio em fevereiro. "Nas nossas estradas o impacto foi bem leve, só tivemos alguns pontos de rodovias bloqueadas, e por um período pequeno", disse, acrescentando que possivelmente o movimento tenha influenciado na decisão de viagens e possa resultar em um volume menor de veículos equivalentes.
Díaz salientou, particularmente, o possível impacto com a sanção da Lei dos Caminhoneiros sem qualquer veto, como propôs o governo para acabar com os bloqueios. A Arteris, como outras concessionárias de rodovias, considera que o texto atual da lei afetará as empresas e será motivo de reequilíbrio econômico financeiro dos contratos.
Ele destacou, em particular, artigos que determinam a não cobrança do eixo suspenso dos caminhões e o aumento da tolerância de sobrecarga por eixo, para até 10%. Enquanto a não cobrança do eixo suspenso deve acarretar redução da receita do pedágio, a alteração na tolerância com sobrepeso deve levar a um aumento dos acidentes, a uma deterioração mais rápida do pavimento.
"Temos preocupação de que impacte na segurança e também em como se dará a logística operacional; o impacto que tiver na receita ou no custo será reequilibrado", comentou.
Reajuste - A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) divulgou nota na sexta-feira informando que decidiu tornar sem efeito a Resolução 4.613, publicada no "Diário Oficial da União (DOU)" de sexta-feira, que reajustava a tarifa básica de pedágio da BR-393/RJ, trecho da divisa entre Minas Gerais e Rio de Janeiro, explorado pela Rodovia do Aço S/A. Segundo a ANTT, a suspensão foi determinada para "fins de recálculo técnico".
A resolução previa um reajuste nas tarifas de R$ 4,50 para R$ 5,00, nas praças de pedágio P1, em Paraíba (RJ), P2, em Sapucaia/RJ, e P3, em Barra do Piraí/RJ, o que representa um aumento de 11,11%. (AE)
Veículo: Agência Estado