Estratégia de marketing é alterada por experiências com o consumidor

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Lista preparada pelo Grupo Padrão aponta as gigantes mais lembradas em ranking. Entre os méritos que podem ser ensinados às PMEs estão a eficiência e o respeito aos clientes e prazos

 



O respeito ao consumidor e a eficiência na entrega de produtos ou serviços são tão importantes quanto a promoção de uma marca. Pelo menos é o que indica um levantamento feito pelo Grupo Padrão, que listou as empresas mais lembradas em todo o País. O recado passado pelo estudo é de que, independentemente do tamanho das empresas, a principal estratégia comercial deve ser satisfazer os anseios do seu público.

No caso das pequenas e médias empresas (PMEs) a missão é mais complicada, uma vez que junto a desafios como concorrência e pouco capital, as companhias menores não têm o legado publicitário do qual gigantes como Itaú Unibanco, Fiat, Apple, GVT ou Magazine Luiza dispõem. Apesar do investimento proporcional ao tamanho dessas empresas, o Grupo Padrão, consultoria de mídia e conteúdo que elaborou a lista, indica que a fidelização só é possível entre a clientela, se a experiência do usuário for capaz de fixar uma ideia positiva sobre as marcas.

O CEO da empresa que realizou a pesquisa, Roberto Meir, indica que os pequenos têm de estar na memória das pessoas com o serviço que presta. "Não se pode prestar um mal atendimento, atrasar prazos e deixar de atender às demandas do cliente".

Ele exemplifica que a identificação passa pelo esforço para que o produto ou serviço atenda ao consumidor quando ele mais precisa. "Uma cabeleireira que vai até onde a cliente está e a apronta para uma festa será sempre lembrada. O mesmo vale para a loja de roupas que avisa aos clientes de uma promoção, antecipadamente."

Patrocínio


Dona de contas milionárias de patrocínio esportivo, a agência de marketing Traffic Sports conecta empresas como Sadia, Bridgestone, Toyota, LG, Kia, Claro, dispostas a patrocinar clubes de futebol, atletas e torneios, como as Copas Libertadores da América e do Brasil.

O diretor comercial da Traffic, Ivan Martinho, indica que esse tipo de estratégia publicitária liga a marca à um acontecimento emocional. "Além da aliança afetiva, o esporte é um ambiente muito propício para o que chamamos de ativação. São aquelas ações que envolvem marcas e pessoas, diretamente, sem intermediário".

O executivo lembra também de um exemplo emblemático, como da marca austríaca de energético, Red Bull. "Quando você fala da bebida, lembra de que? Aventura, diversão. Isso foi construído por meio de eventos, de ações que a aproximam do público", afirma.

Martinho ressalta que não é preciso um investimento milionário para ser assertivo. "É possível patrocinar um time de futebol pequeno para criar identificação com a população local, desde que a região seja comercialmente atraente", diz. "Isso custa R$ 100 mil por ano, não R$ 250 milhões, como o aplicado por algumas marcas em mídias consideradas mais tradicionais do que outras".

Segmentação


As companhias de marketing Jokerman e Plusmedia apontam alternativas para as estratégias de marketing que o PME pode adotar e ainda assim, atingir seu público-alvo. A Jokerman, que trabalha com "mídias não tradicionais", aponta para o chamado marketing de experiência, onde o consumidor em potencial vai lembrar da marca por conta de um contato pessoal, não por uma propaganda de TV.

O diretor de planejamento criativo da empresa, Mauro Pagano, indica dois casos em que empresas apelaram para as 'ativações'. "A ação para uma única unidade da escola de idiomas Alumni incluiu o anúncio da chegada ao bairro, por meio do jogo americano embaixo dos pratos, no maior restaurante daquela região." Ele também fala sobre outra ação, dessa vez para a Home Box Office (HBO), produtora de conteúdo da gigante de mídia americana, Time Warner.

"Foram distribuídas taças de champanhe em 40 bares do eixo Rio-São Paulo para promover uma série de TV e graças as fotos de pessoas no Instagram, a ação foi retratada em diversos veículos de mídia, por conta da repercussão", explica.

O CEO da Plusmedia, Marco Antônio de Souza, indica que o segmento em que a companhia atua, o chamado out of home, ou propaganda fora de casa, possibilita o foco exatamente no público pretendido. "Quando você sai de casa, pode ver a marca nos pontos de ônibus e até nos veículos, além de taxis, shoppings, aeroportos, enfim, lugares do cotidiano, sem que pra isso precise ver o comercial na TV."




Veículo: DCI


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