A diversidade da produção agropecuária de Minas Gerais está garantindo evolução da renda dos produtores neste ano. É o único Estado da região Sudeste que, até agora, apresenta evolução no valor bruto de produção
O valor total da produção da região Sudeste atinge R$ 128 bilhões, conforme estimativas do Ministério da Agricultura. Esse valor registra queda de 2% em relação ao obtido pela região no ano passado. A dobradinha leite e café segura a renda mineira. Somam-se a esses produtos laranja e carne bovina. O resultado é um avanço do valor total da produção do Estado para R$ 51,5 bilhões, 4% mais do que em 2014.
A produção de leite, cuja liderança é de Minas Gerais, deverá gerar R$ 7,4 bilhões, enquanto a de café --em que o Estado também é líder-- sobe para R$ 10,5 bilhões. Leite e café, no entanto, passam por um período de incertezas na produção e nos preços de comercialização, o que poderá alterar essas estimativas de renda no Estado.
Mesmo com esse avanço, Minas Gerais ainda se mantém no quinto posto na geração nacional de renda vinda da agropecuária. Alguns dos líderes, como Mato Grosso, perdem espaço. Produção e preços menores de algumas das commodities fazem o valor da produção do Estado recuar para R$ 60,4 bilhões no ano.
O Estado perde 6% de renda nas commodities agrícolas, mas ganha espaço na pecuária, cujo valor de produção cresce 9% em relação a 2014, segundo dados de José Gasques, do Ministério da Agricultura. O Estado, além de ser líder na produção bovina nacional, beneficia-se dos preços do boi, que se mantêm aquecidos há vários meses.
A região Sul, devido à ocorrência de um clima favorável, volta a ganhar espaço na produção de grãos. Com isso cresce o valor de produ- ção tanto do Paraná como do Rio Grande do Sul, de acordo com Gasques. Outro destaque neste ano será a Bahia, líder na agropecuária no Nordeste. A produção do Estado sobe para R$ 21,9 bilhões nesse setor, com evolução de 11% no ano.
Veículo: Folha de S. Paulo