A definição do orçamento do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), que, para este ano, disporá de recursos da ordem de R$ 4,136 bilhões, montante já aprovado pelo Congresso Nacional e que, agora, aguarda a sanção da presidente Dilma Rousseff. Esse foi um dos assuntos tratados durante recente reunião do Comitê Diretor de Planejamento Estratégico do Agronegócio Café (CDPE/Café) do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC), em Brasília. De acordo com o presidente-executivo do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileira, a entidade, juntamente com a Comissão Nacional do Café da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), sugeriu que, frente ao cenário de duas quebras consecutivas de safra devido às adversidades climáticas, que o volume de R$ 311 milhões fosse distribuído entre as linhas de custeio e estocagem. Essa proposta foi aceita pelo colegiado, pois os membros entenderam que os cafeicultores necessitam de recursos para poderem comercializar o produto de maneira que obtenham renda na atividade.
Durante a reunião, segundo Brasileiro, o coordenador geral de apoio ao Funcafé, Marconni Sobreira, apresentou um informe sobre a distribuição dos recursos do fundo em linhas de crédito para financiamento em 2014. Na oportunidade, ele comunicou que há uma "sobra" de aproximadamente R$ 142 milhões (R$ 71.707.600 da linha de Custeio e R$ 70.025.000 de capital de giro para cooperativas) dos recursos do ano passado, os quais já se encontram disponíveis para que os tomadores os requeiram como recursos "antecipados" para a colheita 2015 junto aos agentes financeiros.
Mercado - Apesar da desvalorização do dólar ante o real na semana, as cotações futuras do café arábica voltaram a apresentar perdas, as quais foram repassadas para o mercado físico nacional. De acordo com informe do CNC, a fraca criação de empregos nos Estados Unidos no mês de março reforçou as incertezas sobre o futuro de sua política monetária, resultando em enfraquecimento do dólar no exterior.
No âmbito doméstico, o clima mais otimista quanto às questões políticas também ajudou na valorização do real. Com isso, o dólar comercial encerrou a sessão de quinta-feira a R$ 3,0706, acumulando queda de 1,9% desde o dia 4. Porém, o fortalecimento da moeda brasileira ante a norte-americana não impactou positivamente os preços futuros do café arábica na bolsa de Nova Yorque.
Veículo: Diário do Comércio - MG