Após ter registrado uma baixa de quase 10% na produção de chocolates no primeiro trimestre, o setor avalia que o período de abril a junho foi de leve melhora.
Os números da produção no segundo trimestre ainda não foram fechados pela Abicab (associação do segmento), mas a expectativa é que eles devam apresentar uma retração menor, embora ainda em um patamar negativo.
"A sensibilidade que temos, após contatos com os fabricantes, é que vamos continuar com um volume menor que o de 2014, mas perto de 6% a 7% [de queda]", diz Ubiracy Fonseca, vice-presidente da associação.
O resultado deverá ser um reflexo mais de ações tomadas pelas empresas no período do que de melhora do ambiente econômico, de acordo com o executivo.
Entre as medidas colocadas em prática estão a redução de margens e a diversificação de portfólios.
"O cenário para o varejo ainda continua complicado, mas os fabricantes adotaram estratégias para tentar segurar a queda [nas vendas] e também reduzir os estoques."
Sobre as exportações, o volume de embarques de chocolates continua estagnado, apesar do dólar mais favorável, segundo Fonseca.
"O câmbio ajuda, mas, entre os países que são nossos compradores, também há alguns em situação econômica instável", afirma. Os vizinhos da América do Sul são o principal mercado para o setor.
Veículo: Jornal Folha de S.Paulo