A exportação de suco de laranja atingiu 444 mil toneladas até maio, 18% mais do que igual período de 2014.
Os embarques para a União Europeia subiram 22%. Já os destinados aos Estados Unidos aumentaram 59%.
As perspectivas continuam boas para os produtores brasileiros. A safra da Flórida (EUA) foi revisada para 96,4 milhões de caixas, volume que, se confirmado, será o menor em 50 anos. Produção menor nos EUA e no Brasil --o Fundecitrus prevê 279 milhões de caixas em São Paulo e Triângulo Mineiro-- indica menor disponibilidade de frutas.
Essa queda, somada à projeção de rendimento industrial menor da laranja, vai resultar em recuo nos estoques mundiais de suco, segundo avaliação do Rabobank. O banco, em um balanço das expectativas das commodities para este trimestre, avaliou, ainda, o setor de açúcar, cujos preços são afetados pelo pico de produção no Brasil e pelos estoques acumulados nos últimos cinco anos.
O banco prevê, no entanto, um deficit de 3,4 milhões de toneladas na oferta e demanda na safra mundial (outubro a setembro). Na avaliação do Rabobank, embora ainda exista disparidade na estimativa de safra de café no Brasil, não há sinais que justifiquem possíveis espaços para recuperação nos estoques globais.
No caso da soja, os analistas do banco afirmam que a tendência dos preços ainda não é clara, exigindo cautela dos produtores. Quanto ao milho, devido à elevada disponibilidade do produto, uma das saídas são as exportações, mas o panorama internacional não está tão favorável como esteve nos anos anteriores.
Veículo: Jornal Folha de S.Paulo