Com a chegada das águas nas principais regiões produtoras de leite em setembro, a produção aumentou e o valor pago ao produtor em outubro teve a segunda queda consecutiva, considerando-se a "média Brasil" (MG, PR, RS, SC, SP, GO e BA).
De acordo com pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, o preço líquido (sem frete e impostos) recebido pelo produtor recuou 1,15% de setembro para outubro, com a média indo para R$ 0,9731 por litro. Na comparação com outubro de 2014, o preço está 9,2% menor em termos reais (deflacionados pelo IPCA de setembro). O preço bruto médio (inclui frete e impostos) pago pelos laticínios e cooperativas foi de R$ 1,0589 o litro, redução de 0,73% em relação a setembro.
As quedas ocorreram em praticamente todas as praças acompanhadas pelo Cepea; apenas no Rio Grande do Sul e na Bahia, os valores subiram um pouco. Esse recuo já era esperado por agentes consultados pelo Cepea, tendo em vista o aumento da produção nesta época do ano. No Rio Grande do Sul, no entanto, o excesso de chuvas limitou o crescimento da oferta, motivando alta dos preços ao produtor. Na Bahia, foi a competição entre laticínios por produtores que elevou as cotações.
Em setembro, o Índice de Captação do Cepea (ICAP-L/ Cepea) registrou novo aumento, de 3,26%, em relação a agosto e de 8,1% sobre setembro de 2014. São Paulo teve o maior aumento de captação, de 4,66%, seguido por Goiás (4,55%), Minas Gerais (3,74%), Paraná (3,04%).
Veículo: Jornal DCI