Os preços de material escolar no Distrito Federal apresentam diferença de até 1.400%, de acordo com levantamento do Procon realizado entre os dias 11 e 15 de janeiro. O órgão de defesa do consumidor analisou 19 produtos de 59 papelarias da capital.
Segundo o órgão, a diferença de lista de material chegou a 125%, em uma comparação entre a mais cara e a mais barata. O Procon afirma que itens como dicionário e apontador foram os que tiveram variação de 1.400%. A menor diferença foi do caderno de 10 matérias, com preço mais caro corresponde a 198% do valor do mais barato.
Para o diretor-geral do Procon-DF, Paulo Marcio Sampaio, o consumidor deve ficar atento a essa variação. ”É importante que o consumidor esteja cada vez mais atento na hora da compra. Ele deve sempre pesquisar os preços e as condições de pagamento. Negociar desconto para pagamento à vista pode fazer a lista de material sair ainda mais em conta, evitando também o endividamento doméstico."
A entidade ressalta aos pais que as escolas não podem exigir nenhuma marca ou modelo específico dos produtos da lista. Os colégios também não devem indicar papelaria. Segundo o Procon, cabe aos centros de ensino encaminhar às famílias um documento com explicações sobre o uso dos materiais.
A operação que pesquisa preços de material escolar, que recebe o nome "Na Ponta do Lápis", vai continuar entre os dias 18 e 22 de janeiro. O órgão anunciou a fiscalização de escolas particulares, onde fiscais vão verificar contratos de matrícula e listas de material.
A entidade autuou 65 escolas no ano passado por desrespeito à legislação. As principais irregularidades foram ausência de plano de execução e indicação de papelarias para compra de material.
Veículo: Portal G1