A percepção dos comerciantes da Região Metropolitana de São Paulo sobre o volume de mercadorias que possuem nas prateleiras teve ligeira melhora em maio, segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
De acordo com a federação, a adequação de estoques na região subiu 2,1% neste mês, em comparação com abril. Já em relação ao mesmo período do ano passado, o resultado do índice é 11,2% menor, o que representa uma leve piora do cenário.
O resultado atual do indicador é de 87,4 pontos. Segundo a federação, os dados do índice de estoques variam entre 0 (inadequação total) e 200 (adequação total), tendo cem como um ponto de equilíbrio na percepção do lojista com os itens nas operações.
Em março, a leve recuperação foi puxada pelos 39,8% dos empresários que afirmaram estar com mais mercadorias do que desejavam nos estoques, ante 41,6% em abril. Já a parcela de comerciantes com volume aquém do desejado registrou elevação de 0,9 ponto percentual, contabilizando 16,3% ante os 15,4% avaliados no mês anterior.
A parcela de empresários que informaram estar com o volume de estoque adequado subiu 0,9%, de 42,7% em abril para 43,6% em maio.
Para a FecomercioSP, apesar da leve melhora em maio, ainda existem muitos comerciantes com excesso de mercadoria estocada dentro da operações, movimento que deve continuar por mais alguns meses.
"A despeito do conservadorismo do empresário do varejo está muito difícil vender e, com isso, a tendência é de que o resto da economia também continue em ritmo de espera, já que o quadro de estoques no setor aponta para queda da demanda no atacado e também no setor industrial", revelou a entidade, em comunicado oficial ao mercado.
Confiança segue baixa
Apesar da sensação de melhora nos estoques, os empresários do comércio ainda mostram-se pessimistas com o futuro breve do setor.
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), também apurado pela FecomercioSP, atingiu 74,8 pontos em abril, queda de 1,4% em relação a março, resultado principalmente da piora na avaliação das condições atuais da economia. Na comparação com o mesmo período de 2015, a retração do Icec chegou a 11,9%.
De acordo com a entidade, tanto os donos das grandes como das pequenas empresas estavam mais pessimistas no mês passado. No entanto, a federação observou que os principais responsáveis pela queda do indicador foram os donos de negócios com menos de 50 funcionários, que diminuíram em 1,4% sua confiança em relação ao mês passado, a qual chegou a 74,5 pontos.
Veículo: Jornal DCI