Exportações sobem 30% na região de Araraquara, aponta balanço do Ciesp

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Com a crise no Brasil, empresas estão apostando no mercado externo.
Oscilação do dólar deixou o produto nacional mais competitivo lá fora.


Uma balanço divulgado na quarta-feira (27) pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) aponta aumento de 30% nas exportações neste ano na região de Araraquara (SP).

Com o mercado interno sofrendo com a crise, é o mercado externo que está ajudando a manter as fábricas. Uma unidade da cidade, por exemplo, viu na exportação de sucatas para a Índia a oportunidade de sobreviver à turbulência econômica. Agora, a expectativa é ampliar os negócios

 "Hoje a nossa exportação representa 10% do faturamento, mas a nossa expectativa é chegar até 50% e, com isso, não depender apenas do mercado interno", disse Fábio Messi, gerente de projetos.

O balanço das exportações do primeiro semestre aponta a região de Araraquara em 9º lugar no ranking estadual, com crescimento de 30% em relação ao mesmo periodo do ano passado.

Entre os principais compradores estão Holanda (29,8%), Estados Unidos (14,8%) e Indonésia (8,3%).

"Um dos fatores é a questão do dólar, o nosso produto ter ficado com um preço mais competitivo lá fora, então a empresa que já fazia exportação passou a focar ainda mais nisso" disse Gustavo Marques, gerente regional do Sebrae.

Futuro
De olho no bom desempenho das exportações, cada vez mais empresas de Araraquara pensam em investir no mercado externo, como fez uma indústria de espumas. Há três semanas a unidade começou a produzir colchões para vender para a América Latina.

 "Nós trabalhávamos somente com a industrialização de espumas, fornecíamos matéria-prima para empresas de colchão, estofados, poltornas, e hoje a gente verticalizou, a gente agregou valor a um dos produtos, que é a fabricação dos próprios colchões", disse o dono da fábrica, William Julianeti.

Por causa da crise, as vendas caíram 20% no começo do ano e seis funcionários tiveram que ser demitidos. Agora, a indústria conseguiu recuperar as contratações e espera 80% de aumento no faturamento. "E ter uma padronização melhor de produto para que a gente consiga adequar a nossa produção a padrões internacionais e melhorar a qualidade do produto interno", afirmou o empresário.

Veículo: Portal G1


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