Queda de movimento preocupa feirantes do Alto Tietê

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Nem as promoções estão atraindo clientes.
Consumidor diz que pesquisar preço está compensando.


 
A queda no movimento das feiras livres vem assustando feirantes do Alto Tietê. Assim como no campo, onde o agricultor também passa por dificuldades, nas feiras as vendas caíram apesar da oferta e boa qualidade dos produtos. O motivo que vem espantando os consumidores é a redução do orçamento doméstico.
 
O feirante Valmir José Ferreira conta que a queda do movimento chega a 50%. Já o comerciante Erasmo Gonçalves usa como alternativa os produtos da época. Nem a qualidade vem atraindo a freguesia.
 
Fábio Júnior Machado é produtor de hortaliças e feirante. Ele explica que as vendas por atacado estão segurando o lucro.  "Como produtor ainda está devagar, mas minha vantagem é que ainda vendo um pouco no atacado. Se fosse somente para vender no varejo, na feira, ficaria difícil".
 
A barraca do feirante Paulo Takeda está lotada de hortaliças boas e, apesar do preço justo, o movimento continua baixo, com isso os produtos ficam encalhados. "Como a mercadoria da feira está quase no mesmo preço do supermercado, os clientes estão optando pela comodidade, então acabam comprando mais nos supermercados".
 
Em Mogi das Cruzes são 16 feiras livres, quatro varejões, duas feiras noturnas e uma feira de peixes e aves. A reclamação de muitos é que os clientes sumiram, mesmo com as promoções. Takeda explica que nem as promoções estão atraindo a clientela. "A gente faz promoção e coloca até cheiro verde como brinde, mas mesmo assim não estamos conseguindo atrair mais clientes".
 
Com as vendas em baixa, a saída para o feirante é não repassar todos os custos com as mercadorias para os clientes, conforme explica o feirante Luiz Augusto da Silva. "A gente tenta manter o preço para atrair mais fregueses porque se repassarmos todo o custo que temos, dificulta ainda mais".
 
Para o consumidor, o melhor é aproveitar as ofertas para fazer render o dinheiro até o final do mês. A pesquisa vem compensando para a costureira Lia Maciel. "A gente anda mais, mas compensa porque dá para ter as coisas dentro de casa e economizar também".
 
Fonte: Portal G1


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