Governo estuda propostas trabalhistas

Leia em 2min

São Paulo - O governo federal deve enviar ao Congresso Nacional, em dezembro, uma proposta de atualização da legislação trabalhista. Segundo o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, os direitos dos trabalhadores serão mantidos.

"Quero reiterar aqui, até para que não tenha nenhuma especulação por parte de alguns setores que são mal-intencionados: direito você não revoga, direito você aprimora. Trabalhador não corre nenhum risco de perder direito. Não há nem a possibilidade de parcelamento de décimo terceiro, não há nenhuma possibilidade de fatiamento de férias, não há nenhuma possibilidade de aumento de jornadas de trabalho e não há nenhuma possibilidade de alteração das regras do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço", afirmou o ministro ao participar de evento no Rio de Janeiro, na semana passada.

Para o ministro, o eixo fundamental da proposta será trazer segurança jurídica. Além disso, vai criar oportunidades de ocupação com renda e consolidar os direitos. "O trabalhador não será traído pelo ministro do Trabalho", completou.

Tramitação

Nogueira estimou que não haverá dificuldades na tramitação da proposta no Congresso. Segundo ele, os parlamentares têm a consciência de que o Brasil não pode esperar mais.

"Temos a coragem necessária para fazer o enfrentamento necessário para promover a reforma - a atualização da legislação trabalhista para trazer segurança jurídica. O problema não está no salário do trabalhador. O salário não onera a produção. Nós precisamos quebrar alguns paradigmas, porque salário não é despesa. É investimento. O trabalhador é fundamental para o desenvolvimento de riquezas de uma nação. Precisamos olhar com muito carinho para o trabalhador, porque as necessidades do filho do trabalhador não são diferentes das necessidades do filho do empregador", disse o ministro.

Na avaliação de especialistas, as mudanças são importantes no sentido de melhorar a segurança jurídica a fim de que aumente as contratações.

Contudo, dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado na semana passada também pelo Ministério do Trabalho, demonstram que o emprego formal continuou sua trajetória de recuo de perda de postos de trabalho em julho.

No mês passado, foram perdidos 94.724 postos de trabalho, equivalente ao declínio de 0,24% em relação ao estoque do mês anterior.

No acumulado do ano, o Caged registra uma redução de 1,57% (menos 623.520 postos de trabalho). Nos últimos 12 meses foram perdidas 1.706.459 vagas em todo o País.

Fonte: DCI


Veja também

Safra de trigo francês apresenta alta proteína e baixa densidade, diz France AgriMer

PARIS (Reuters) - A safra do trigo da França, principal produtor da União Europeia, apresentava qualidade ...

Veja mais
Ovos brancos e vermelhos sofrem novos retrocessos

Pelo sexto dia consecutivo de negócios, os ovos – brancos e vermelhos – sofreram queda nos preç...

Veja mais
Índice de preços de gastos com consumo avança 2,0% no 2º trimestre nos EUA

O índice de preços dos gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) avançou 2,0% no segundo t...

Veja mais
Brasil fecha 94 mil vagas de trabalho com carteira em julho

Ministro afirma que reforma trabalhista não mudará jornada, férias nem FGTS -BRASÍLIA E RIO...

Veja mais
Brasileiro está aberto ao consumo de transgênicos, aponta pesquisa

Dados sugerem que entendimento sobre os benefícios da transgenia são percebidos por uma parcela da popula&...

Veja mais
Setor agropecuário precisa ser menos dependente do Estado, diz ex-ministro

Para ex-ministro, agronegócio já avançou bastante para precisar de intervenção estata...

Veja mais
Desemprego mais longo

Tempo de procura por trabalho chega a 9 meses, quase o dobro do registrado em 2010  “O mercado de trabalho o...

Veja mais
Baixa liquidez pressiona ligeiramente valores do arroz em casca

O preço da saca de arroz em casca no Rio Grande do Sul tem oscilado levemente durante o mês de agosto, com ...

Veja mais
LG aquece a produção de TVs da linha premium

São Paulo – A multinacional sul-coreana LG Electronics do Brasil aqueceu a produção de televi...

Veja mais