Cultivo de feijão apura alta de apenas 1,6%

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A falta de chuvas e a decisão dos produtores em investir em culturas mais rentáveis e de menor risco climático, como o milho e soja, também contribuíram para um menor crescimento da produção de feijão. Ao todo, a colheita de grão somou 520 mil toneladas, um avanço de 1,6% sobre a safra passada. Porém, a estimativa inicial sobre a produção mineira era de um crescimento de 4,1% a 4,5%, com a colheita de 540,3 milhões de toneladas. A área total plantada foi de 334 mil hectares, queda de 1,3%. A produtividade média ficou em 1,5 tonelada por hectare, alta de 3%.

Na primeira safra de feijão foram colhidas 191 mil toneladas, avanço de 16,5%. O impacto da falta de chuvas foi verificado a partir da produção da segunda safra de feijão, quando houve um recuo de 14,6% no rendimento por hectare, que ficou em 1,2 tonelada ante o volume de 1,48 tonelada registrada em igual safra do ano anterior. No período, com os preços mais elevados no mercado, os produtores ampliaram em 12,2% a área de cultivo, que passou de 105 mil hectares para 118,8 mil hectares. Na segunda safra de feijão foram colhidas 150 mil toneladas, retração de 4,2%.

A terceira safra, que é irrigada, também foi prejudicada pela escassez hídrica. Nesta etapa, foram colhidas 178 mil toneladas, queda de 6,5%. “Os últimos anos de estiagem geraram insegurança hídrica para os produtores que, mesmo com o sistema de irrigação, reduziram a área com receio de falta água nos reservatórios”, explicou o analista de agronegócio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Caio Coimbra.

Para a primeira safra 2016/17, as expectativas em relação à produção de feijão são positivas. A tendência é de um volume maior, já que os preços continuam valorizados.

Variações - A produção mineira de algodão em caroço, na safra 2015/16, foi de 67 mil toneladas, retração de 1%. A área de cultivo, 19,6 mil hectares ficou 4,3% maior. Já a produtividade, 3,4 toneladas por hectare, retraiu 5%. 

A produção mineira de sorgo, que é mais resistente à seca, também recuou. Ao todo foram colhidas 397 mil toneladas do produto, volume 33,2% menor. “A concorrência com o milho e uma perspectiva de clima favorável ao longo do desenvolvimento, fez com que os produtores apostassem mais no milho, que estavam com preços em patamares bem rentáveis”.

Outra cultura que nos últimos anos manteve em crescimento no Estado e encerrou a safra com queda foi o trigo. De acordo com Coimbra, por ser irrigado e plantado no mesmo período que o feijão terceira safra, muitos produtores priorizaram o feijão pelos preços mais elevados que os do trigo. Com a decisão, a produção do cereal caiu 17,4%, com a colheita de 202,5 mil toneladas.



 
Veículo: Diário do Comércio - MG


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