Outro item que vem registrando queda no preço na capital mineira é o leite. De acordo com pesquisa do site Mercado Mineiro, a redução de valor no litro do produto chega a 15, 59% e se mantém em uma média de R$ 3,20 nos supermercados de Belo Horizonte. De acordo com últimos dados do IBGE, o tipo longa-vida subiu menos (de 17,58% em julho para 2,52% em agosto), no Brasil.
O novo cenário, na opinião do analista de agronegócio da Faemg, Wallison Fonseca, é reflexo da situação financeira do país, cuja renda comprometida do consumidor tem forçado a queda de preços. “Os consumidores estão sendo taxativos, categóricos e evitam comprar produtos que pesam no orçamento. Aqueles derivados do leite, como a manteiga, iogurte e queijo, por exemplo, já são itens que saíram da sacola de muitas pessoas. Agora, com o enfraquecimento do consumo, houve essa queda nos preços”, explica.
Segundo a pesquisa do site, o litro de leite desnatado Cotochés em julho custava R$ 3,72 e, agora, está em R$ 3,14. O desnatado Porto Alegre passou de R$ 3,69 para R$ 3,17. “Outro fator que contribuiu para essa redução foi a importação do leite em pó. Só no acumulado deste ano, de janeiro a agosto, houve um incremento de 85% no volume desse produto importado no mercado. Os laticínios ociosos importaram muito”, diz o especialista. Fonseca diz que o gado sofreu muito com a falta de chuva nos últimos meses e, agora, a tendência é de uma melhora no campo, o que pode ser um alívio para o bolso do consumidor.
Inflação
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 0,27% na segunda prévia de setembro, ante avanço de 0,09% na segunda prévia do mesmo índice de agosto. A informação foi divulgada ontem pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o índice acumula aumentos de 6,53% no ano e de 10,74% em 12 meses. A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem a segunda prévia do IGP-M de setembro. O IPA-M, que representa os preços no atacado, subiu 0,30%, após a ligeira queda de 0,01% na segunda prévia de agosto. O IPC-M, que corresponde à inflação no varejo, apresentou alta de 0,14% na leitura anunciada nesta segunda, após subir 0,35% no mês passado. Já o INCC-M, que mensura o custo da construção, teve elevação de 0,34%, após registrar aumento de 0,19% na mesma prévia de agosto. Na primeira prévia deste mês, o IGP-M havia subido 0,38%. O indicador é usado para reajuste de contratos de aluguel. O período de coleta de preços para cálculo da segunda prévia foi de 21 de agosto a 10 de setembro.
Fonte: Jornal Estado de Minas