Após investimento de R$ 1 milhão, fabricação diária de doces saltou de 800 quilos para 4 toneladas
De um modelo de negócios praticamente “caseiro” a uma gestão totalmente profissional. Sediada em Curvelo, na região Central do Estado, a Doce Sertanejo, que extrai dos municípios vizinhos a matéria-prima para os quitutes que produz, vem ganhando espaço no mercado mineiro. Especializada na fabricação de doces típicos, como o de pequi, a goiabada cascão e o doce de leite com raspa, a empresa, que passou por um recente processo de expansão, deve concluir, no ano que vem, um investimento superior a R$ 1 milhão. A meta é ampliar não só a capacidade de produção, que cresceu cinco vezes nos últimos oito anos, mas potencializar o alcance geográfico dos produtos.
Atualmente, os doces que saem da cozinha da empresa são encontrados em mais de 10 municípios do Estado - Pirapora, Várzea da Palma, Corinto, Buenópolis, Joaquim Felício, Augusto de Lima, Paracatu e a própria capital mineira. O objetivo da proprietária da Doce Sertanejo, Izabela Viana, é, no curto prazo, levar a marca a mais estabelecimentos de Belo Horizonte e conquistar a região metropolitana. Segundo ela, no ano passado, foi realizado investimento da ordem de R$ 500 mil. Para o ano que vem, está previsto o mesmo montante.
“A estrutura onde estamos atualmente é muito boa. Mas ainda temos espaço para crescer, acredito que até quatro vezes mais. Nosso objetivo é atender a toda a região de Belo Horizonte, onde ainda estamos iniciando a atuação, com uma atividade ainda pequena. Queremos conquistar todo o varejo, principalmente os supermercados”, adianta.
Linha do tempo - A história da empresa foi iniciada há quase 50 anos, mas os negócios ganharam força há cerca de oito, com a aquisição por três sócios. Inaugurada em 1969, quando foi batizada de Doces Nilcéia, a empresa trocou de mãos em 2008 e recebeu novo nome. Desde então, os negócios vêm deslanchando. Segundo Izabela Viana, naquele ano, além de um investimento de R$ 1 milhão, a empresa ganhou nova sede e aumentou em cinco vezes a produção diária de doces, saltando de 800 quilos para 4 toneladas.
Atualmente, a Doce Sertanejo, que fabrica sobremesas típicas de Minas, como a goiabada cascão, o doce de pequi e de leite com raspa do tacho, além de delícias de estados vizinhos, como a cocada baiana, branca e morena, gera 21 empregos.
Além de serem encontrados em supermercados e lojas, onde são vendidos por meio de representantes, os doces também costumam ser servidos em restaurantes, como acontece na capital mineira, e ganharam duas importantes vitrines: o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, e o Aeroporto de Uberaba, no Triângulo Mineiro, onde são vendidos em quiosques.
Izabela Viana destaca também o trabalho de ressocialização realizado pela empresa em parceria com o Presídio de Curvelo. Todos os meses, entre cinco e seis detentos são admitidos em regime de trabalho idêntico ao dos demais funcionários.
Fonte: Jornal Diário do Comércio de Minas