Varejo carioca estima abrir 10 mil vagas para o fim do ano

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Pesquisa do Clube de Diretores Lojistas aponta que 56% dos empresários não pretendem efetivar os trabalhadores temporários depois do período de festas

Rio de Janeiro - O Clube de Dirigentes Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio) prevê a contratação de 10 mil temporários durante as festas de fim de ano e o verão. O número reflete estagnação. No ano passado foi gerada a mesma quantidade de vagas para a data mais importante do varejo.

"Mesmo com o atual cenário da economia, o resultado da pesquisa reflete a esperança da expectativa de vendas para o Natal. Esta é a grande data comemorativa para o comércio, que representa 30% do faturamento do ano, e precede a alta temporada do verão", avalia o presidente do CDLRio, Aldo Gonçalves.

O dirigente destaca a importância do verão para o varejo. Segundo Aldo, trata-se da estação mais importante para a economia carioca, pois a cidade recebe grande número de visitantes. "Turistas do País e do exterior vêm curtir as festas do fim de ano, as praias e o carnaval. A combinação desses fatores motivou essa estimativa de contratação de temporários, com o mesmo número de vagas do ano passado", acredita.

Permanência incerta

As dificuldades econômicas enfrentadas pelo governo do Estado do Rio, com atraso de pagamento dos servidores públicos e eventual corte de salários, também foram consideradas como fatores para arrefecer as vendas do varejo.

Para a pesquisa, o Centro de Estudos do CDLRio ouviu 500 empresas dos setores de confecções e moda infantil, calçados, joias e bijuterias, óticas, eletroeletrônicos, papelarias, móveis e brinquedos.

Do total, só 42% pretendem contratar para o período de fim de ano e verão, 45% não planejam fazer novas admissões e o restante ainda não decidiu.

A permanência dos temporários nos empregos após o período, contudo, não é certa na maioria dos estabelecimentos. Entre os empresários ouvidos pela pesquisa, 56% afirmaram que não pretendem efetivar os trabalhadores temporários depois do período de festas, enquanto 19% cogitam contratar os temporários. Por outro lado, 25% dos empresários ouvidos disseram que tal decisão dependerá do movimento e da recuperação da economia.

Vendedores dominam

Os jovens (de 18 a 25 anos) são a maioria dos contratados. Para 40% deles, esse é o primeiro emprego da vida. As mulheres ainda representam a maior parte dos contratados temporários, com 60% das vagas.

A grande maioria das oportunidades é para vendedores: 70%. Apenas 10% são para estoquistas, seguidas de 20% para operadores de caixa.

Vestuário segue como o maior contratante, seguido pelo setor de hiper e supermercados. Juntos, representam 60% das vendas de Natal e 42% da força de trabalho temporária. A média salarial no período deve ser de R$ 1.205, aumento de 0,6% na comparação com 2015, aponta pesquisa da Confederação Nacional do Comércio (CNC).

Thaise Constancio

 

 

 



Fonte: Jornal DCI


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