Com praticamente um terço do número de recenseadores previstos, o Censo Agropecuário precisou reduzir o número de perguntas no questionário da pesquisa. Em vez das 80 mil pessoas previstas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o levantamento vai contar com cerca de 26 mil contratados. Além disso, a pesquisa vai às ruas com orçamento cortado praticamente à metade (R$ 505 milhões). Sem dinheiro e pessoal, o IBGE precisou "simplificar o questionário", confirmou a assessoria de imprensa do instituto. Entre as perguntas suprimidas estão algumas relacionadas ao rendimento de pessoas ligadas à agricultura familiar.
O IBGE não revelou quantas questões foram suprimidas, mas diz que informações essenciais sobre a agricultura familiar, como volume de produção e tamanho de terra estão mantidas e serão divulgadas. O Censo originalmente deveria ter começado em 2015 para ser divulgado este ano, mas não foi realizado por falta de recursos. O tempo de duração da pesquisa no campo foi prolongado - de três meses para cinco meses. Esse é o tempo para que os recenseadores visitem todos os estabelecimentos rurais do país. Além disso, o IBGE determinou que todas as informações sejam obtidas em apenas um dia de visitação. Isso acontece porque há menos gente para ir aos locais recenseados. Nos levantamentos anteriores, alguns dados poderiam ser fornecidos em outra data, caso solicitado.
Fonte: Valor Econômico