São Paulo - O consumo de energia aumentou 1,5% entre os dias 1º e 31 de março, na comparação com o período de 2 de março a 1º de abril de 2016, segundo dados preliminares de medição coletados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Já a geração de energia cresceu 1,7% no mesmo período.
A análise da CCEE indica o consumo de 63.732 MW médios em março. No Ambiente de Contratação Regulado (ACR), atendido pelas distribuidoras, o consumo recuou 4,9%, para 45.736 MW médios, impactado pela migração de consumidores para o mercado livre. Segundo a Câmara, desconsiderando os efeitos desse movimento, o consumo teria apresentado um aumento de 2,1%.
Já no Ambiente de Contratação Livre (ACL), no qual os consumidores compram energia diretamente dos fornecedores, os números indicam incremento de 22,2% no consumo, análise que inclui as cargas novas vindas do mercado cativo. Ao desconsiderar esse impacto, o ACL registra aumento de 1,5% no consumo.
Dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os maiores índices de aumento no consumo de energia no período foram nos segmentos de comércio (122,9%), serviços (89,9%) e telecomunicações (80,6%), números impactados pela migração dos consumidores para o mercado livre. Ao desconsiderar esse movimento dos consumidores, dos 15 setores avaliados pela Câmara de Comercialização, 11 registraram elevação no consumo no período.
Geração - Do ponto de vista da geração, foram produzidos em todo o sistema nacional 66.690 MW médios em março. A fonte hidráulica, incluindo as pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), aumentou em 2,4% a geração, com representatividade de 80,4% sobre toda energia produzida no País, índice 0,6 ponto percentual superior ao registrado em março de 2016. Já a produção das usinas térmicas teve ligeira queda de 0,4%, enquanto a geração eólica recuou 3,4% no período.
As informações constam na mais recente edição do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico. O informativo também apresenta estimativa de que as usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE) tenham gerado, em março, o equivalente a 105,7% de suas garantias físicas, ou 50 410 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, este percentual é de 94,3%.
Fonte: Diário do Comércio de Minas