Lançado há cinco anos, o projeto do Shopping Parque Barbacena, que está sendo construído na cidade de mesmo nome, no Campo das Vertentes, sob investimentos da ordem de R$ 100 milhões, enfim deverá sair do papel. Com as intervenções suspensas devido à crise econômica brasileira dos últimos anos, as atividades no canteiro de obras foram retomadas há cerca de três meses para a primeira fase do complexo que contempla um supermercado, um hotel, uma faculdade e 100 lojas comerciais. Ao todo deverão ser gerados 1,2 mil empregos entre diretos e indiretos.
As informações foram confirmadas pelo proprietário do Grupo Capanema Gouvêa, Cláudio Gouvêa, responsável pelas inversões. Segundo ele, os trabalhos estão bem adiantados e a primeira inauguração ocorrerá nos próximos meses, com a abertura da loja do hipermercado Mineirão, do Grupo DMA Distribuidora S/A, que detém também o Epa Supermercados.
"As obras do Mineirão, que é a bandeira de atacarejo do Epa, serão concluídas até novembro. A loja vai ocupar uma área de 4,5 mil metros quadrados e gerar aproximadamente 600 empregos na região", revelou Gouvêa. Ninguém do Grupo DMA foi encontrado para comentar o investimento.
Conforme o empresário, o projeto nasceu de uma pesquisa realizada junto ao Ibope, que mostrou o potencial de consumo de Barbacena e região. De acordo com ele, os resultados indicaram gastos de R$ 500 milhões por ano, que acabavam migrando para o comércio de rua da cidade ou para malls das grandes cidades como Belo Horizonte e Juiz de Fora, na Zona da Mata.
"Os números apontaram a oportunidade e encontrei em Barbacena a receptividade ao projeto e o interesse do setor público, fatores fundamentais para colocar a ideia em prática", explicou o proprietário do Grupo Capanema Gouvêa.
Redução de custos - Mas, com a recessão econômica brasileira, o projeto precisou passar por algumas alterações. Segundo Gouvêa, alguns detalhes como construção de segundo piso, instalação de ar-condicionado e contratação de administradores tanto para o shopping center quanto para o hotel acabaram ficando para um segundo momento. Tudo isso por uma questão de redução de custos.
"O segundo piso e o ar-condicionado poderão ser instalados numa segunda fase do projeto. Já os parceiros foram repensados, pois chegamos a conclusão que seria melhor nós mesmos administrarmos os empreendimentos", justificou.
Assim, com a retomada dos trabalhos foi possível recomeçar também as negociações dos pontos comerciais do shopping que contará com Área Bruta Locável (ABL) de 15,6 mil metros quadrados.
Neste sentido, o investidor adiantou que o Cine Arte já confirmou sua presença no empreendimento, assim como a Prima Línea, a Cacau Show e o Burger King. E que lojas como Riachuelo, Americanas e o Ziz Zag Play (praça de recreação) já estão em negociação com o grupo.
Além disso, o empresário apontou que, em cálculos atualizados, o custo de uma loja já envolvendo a locação e condomínio será de R$ 120 o metro quadrado mensal. Este valor está menor do que o praticado nos pontos comerciais do centro da cidade, comentou.
Em relação às demais operações do empreendimento, Gouvêa disse que a construção da faculdade está prevista para ser concluída em 2018, em uma parceria com uma instituição de ensino tradicional de Barbacena, a Universidade Presidente Antônio Carlos (Unipac). A previsão é que o campus atenda cerca de 1 mil alunos. Já o hotel deverá ficar pronto entre o ano que vem e 2019, com 36 apartamentos.
Fonte: Diário do Comércio de Minas