São Paulo - As exportações totais de café do Brasil, incluindo cafés verde e industrializado (torrado e moído e solúvel), atingiram 1,7 milhão de sacas em julho. Equivalente a queda de 11% sobre um ano antes.
A receita no período foi de US$ 283,4 milhões, retração de 7,3%. Os dados foram divulgados, ontem, pelo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé)
O resultado informado pelo Cecafé é inferior aos reportado pela Secretaria de Comércio Exterior no dia 1° de agosto. Segundo a Secex, o Brasil embarcou em julho 1,6 milhão de sacas do produto, o menor volume em pouco mais de dez anos.
Considerando apenas o café verde, os embarques em julho somaram 1,5 milhão de sacas de 60 quilos. O resultado é 8,1% menor que o registrado no mesmo mês do ano passado, quando foram exportadas 1,6 milhão de sacas.
Os embarques de café arábica no período chegaram a 1,4 milhão de sacas, retração de 6,9% em relação ao mesmo período do ano passado.
Já as exportações de café robusta (conilon) atingiram 16,3 mil sacas, redução de 57,3% na mesma base de comparação.
O café industrializado (solúvel e torrado e moído) somou 236,5 mil sacas exportadas, queda de 25,7% em relação ao mesmo mês do ano passado. Esse foi o menor resultado registrado desde 2013.
Acumulado
Entre janeiro e julho 2017, o País já exportou 16,7 milhões de sacas, um recuo de 8% na comparação com o mesmo período do ano passado. A receita, no entanto, aumentou 7,2%, para US$ 2,8 bilhões.
O preço médio no período foi de US$ 172,25 por saca, um aumento de 16,5% em relação aos primeiros sete meses do ano passado.
Os Estados Unidos mantiveram-se como principal destino do café brasileiro, com 20% dos embarques, o equivalente e a 3,3 milhões de sacas.
A Alemanha aparece como segundo maior cliente do produto brasileiro, com 2,9 milhões de sacas importadas no acumulado do ano, seguida de Itália, com 1,5 milhão de sacas, Japão, com 1,1 milhão de sacas e Bélgica, com 1 milhão de sacas, informou o Cecafé.
Em nota, o presidente da entidade, Nelson Carvalhaes, explicou que alguns fatores influenciaram o volume, que ficou abaixo do estimado.
"Os estoques de passagem estavam em níveis reduzidos", disse Carvalhaes. Ele ainda destacou que "a nova safra entrou em velocidade reduzida, enfraquecendo a oferta". Esse cenário se refletiu sobre o desempenho dos embarques no mês passado.
Na avaliação de Carvalhaes, os embarques devem retomar os níveis normais até setembro. "Pois o resultado da colheita está entrando, ainda que lentamente, no mercado", afirmou o executivo do Cecafé.
No acumulado do ano de 2017, o Brasil exportou café para 113 países, informou a entidade, que responde por 95% dos agentes desse mercado no País e conta com 139 associados.
Fonte: DCI São Paulo