O governo federal anunciou leilões para garantir preço mínimo ao produtor de arroz, que vem tem sido negociado abaixo do preço mínimo nesta safra. O recurso para as operações será de R$ 100 milhões.
O governo irá utilizar os mecanismos de Prêmio de Escoamento da Produção (PEP) e Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) para 1,2 milhão de toneladas de arroz. Segundo o Ministério da Agricultura, a primeira oferta será de 250 mil toneladas a 500 mil toneladas. Os próximos leilões serão feitos de acordo com a demanda do mercado, segundo a pasta.
Com os preços da cultura em baixa, os produtores não têm conseguido cobrir os custos da safra. Neste cenário, o governo federal entra em cena para regular os preços do mercado por meio de apoio ao escoamento de acordo com o valor mínimo estipulado para o grão, que passa a ser de R$ 36,01 a saca a partir de hoje.
De acordo com o Mapa, os leilões devem acontecer na data da abertura da colheita do grão no Rio Grande do Sul, em 23 de fevereiro. “O importante é que durante a abertura da colheita do arroz o governo intervirá para sustentar preços aos produtores”, afirma o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Henrique Dornelles.
Aquisição
O dirigente destaca que, além do montante anunciado, poderão ser realizados contratos de Aquisições do Governo Federal (AGF) para aproximadamente 200 mil toneladas, que ainda dependem de confirmação dos ministérios do Planejamento e da Fazenda.
Outra medida anunciada, de acordo com o presidente da Federarroz, é que as fiscalizações nas fronteiras para coibir a entrada de arroz vindo de forma irregular de outros países devem iniciar imediatamente, enquanto no varejo as operações irão começar durante o mês de março.
Fonte: DCI São Paulo