Começa amanhã, em Belo Horizonte, a 15ª edição da Exposição Brasileira do Agronegócio do Leite (Megaleite). A feira, que será realizada do dia 20 a 23 de junho, movimentará entre R$ 20 milhões e R$ 25 milhões em negócios. Estarão reunidos no Parque de Exposições Bolívar de Andrade (Parque da Gameleira), em torno de 2 mil animais, que participarão das exposições, torneios e dos leilões. Com investimentos próximos a R$ 2 milhões, a Megaleite reúne também os principais fornecedores da atividade.
A feira é considerada o momento ideal para que os pecuaristas conheçam as inovações e o avanço da genética das raças leiteiras. O evento é organizado pela Associação Brasileira dos Criadores de Girolando.
As expectativas do presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, Luiz Carlos Rodrigues, são positivas. Os constantes investimentos em melhoria genética deverão impulsionar os negócios, já que o evento reúne os melhores exemplares das raças leiteiras.
"Estamos bem otimistas e com as melhores expectativas em relação à Megaleite. Os pecuaristas estão investindo na melhoria genética para ampliar os resultados na produção, o que deve estimular os negócios ao longo do evento. Além disso, o mercado está dando uma aquecida e os preços pagos pelo leite estão em patamares mais elevados, o que também contribui para os investimentos na produção", explicou.
Nesta edição, que recebeu cerca de R$ 2 milhões em investimentos, estarão presentes animais das raças leiteiras Girolando, Gir, Holandesa, Pardo-Suíço, Jersey e Guzerá. A maior parte dos exemplares, 850 animais, é da raça Girolando.
Além dos 9 leilões já confirmados e que serão realizados ao longo do evento, os bovinos participarão de diversos torneios e exposição das raças. Estão na programação da feira a 29ª Exposição e Torneio Leiteiro Nacional de Girolando, a 10ª Exposição e Torneio Leiteiro Internacional do Gir Leiteiro, o 2º Circuito Nacional da Raça Holandesa - Etapa Mineira 2018, a XXXIV Exposição Nacional da Raça Pardo-Suíça, o Circuito Nacional da Raça Jersey 2018 e do Concurso Leiteiro e Mostra de Guzerá e Guzolando.
A visitação na Megaleite deve somar cerca de 60 mil pessoas. Por ser uma vitrine da pecuária leiteira do País, o evento também recebe visitantes estrangeiros, que querem conhecer as raças leiteiras e realizar negócios junto aos produtores. Nesta edição, serão recebidas comitivas de vários países compostas por mais de 300 estrangeiros interessados em conhecer a genética dos rebanhos e investir, principalmente em material genético como sêmen e embriões.
"A Megaleite é a grande vitrine para mostrar a evolução genética das raças de gado leiteiro. Os associados do Girolando mostrarão os resultados de todo o trabalho feito dentro da porteira. Os visitantes vão conhecer o que tem de melhor na raça e o nosso programa de melhoramento genético. Os criadores, principalmente da América do Sul e América Central, têm procurado muito pela genética Girolando. Por isso, o mercado está bastante aquecido. É a oportunidade de conhecer a raça de perto", explicou Rodrigues.
Além do espaço dedicado aos bovinos, durante a Megaleite cerca de 80 empresas vão expor produtos e serviços voltados para a pecuária.
Aplicativo - Amanhã, será lançado na Megaleite o aplicativo Girolando, onde os criadores associados poderão anunciar e comprar animais da raça. Além de facilitar a divulgação dos exemplares à venda, com o app as negociações ocorrerão de forma direta, retirando atravessadores e gerando mais renda para os pecuaristas.
Segundo o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, Luiz Carlos Rodrigues, o aplicativo é gratuito e compatível como os sistemas IOS e android. O produtor interessado em negociar os animais poderá cadastrar os exemplares no aplicativo, com informações da genealogia, fotos e link de vídeos.
"O aplicativo é uma ferramenta para ajudar os associados na compra e venda dos animais. Ele funcionará como um shopping virtual. O vendedor vai anunciar os animais no aplicativo e quem interessar vai entrar e fazer a compra de forma direta. Já temos convênio com o Banco do Brasil. Na hora de adquirir os animais, os criadores, caso tinham conta na instituição financeira, poderão financiar de forma direta. É uma inovação que beneficiará os associados", explicou.
Fonte: Diário do Comércio de Minas