Tomando-se como base os valores médios mensais do Indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa (estado de São Paulo), deflacionados pelo IGP-DI de maio/18, verificam-se quedas consecutivas desde o início de 2018. No acumulado do primeiro semestre deste ano, o Indicador registra baixa de 9,23%. Essa é a mesma tendência observada em 2017, quando a queda acumulada de janeiro a junho foi de 11,55%, segundo dados do Cepea. Em 2018, o ritmo de negócios tem sido fraco, com frigoríficos adquirindo lotes apenas quando há maior necessidade.
Além disso, pesquisadores do Cepea indicam que, após as exportações da carne terem registrado bom desempenho no primeiro trimestre do ano, diminuíram fortemente a partir de abril, contexto que elevou o volume de produto disponível no mercado interno e pressionou as cotações da arroba, já que o varejo doméstico não conseguiu absorver todo o volume. No ano passado, por sua vez, a operação “Carne Fraca” (deflagrada em março), a delação da maior indústria frigorífica brasileira (que resultou em forte redução da compra de animais por parte desse grande player) e a retomada do desconto de Funrural desfavoreceram os negócios efetivados pelo pecuarista de engorda no primeiro semestre e pressionaram os valores da arroba.
Fonte: Cepea