O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) estimado até julho deste ano alcança R$ 563,5 bilhões, 2,2% menor que o apurado no ano de 2017, que foi da ordem de R$ 575,9 bilhões. As lavouras tiveram redução de 0,6% e a pecuária de 5,3%, em relação ao ano passado. Algodão, cacau, café, soja, tomate e trigo representam 37,6% do VBP.
Na pecuária, todos os itens estão com valores inferiores aos de 2017. Os preços reais encontram-se em níveis menores que no ano passado, principalmente em suínos (-19,2%), frango (-6,3%), leite (-5,2%) e ovos (-11,5%).
Preços internacionais mais baixos e redução do consumo interno são apontados por José Garcia Gasques, coordenador geral de Estudos e Análises da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), como principais fatores que estão afetando o comportamento desse segmento.
Os produtos com melhor desempenho são algodão, com aumento real de 43,2%, cacau (28,6%), café (8,5%), soja (9,8%), tomate (17,2%) e trigo (62,3%). Esses seis produtos representam 37,6% do VBP. Algodão e soja apresentam destaques recordes de valor na série analisada, desde 1990. Ambos são beneficiados por preços mais elevados do que em 2017, e recordes de produção.
De acordo com Gasques, isso faz com que estados líderes nesses produtos, como Mato Grosso e Bahia, apresentem resultados excepcionais de faturamento neste ano.
Um grupo de produtos apresenta resultados desfavoráveis no comparativo com o ano passado. Entre estes encontram-se arroz, com queda real do valor de 20,8%, cana-de-açúcar (-7,3%), feijão (-29,1%), laranja (-19,6%), mandioca (-15,8%), e milho (-9,4%). Todos esses tiveram redução acentuada de preços e quantidades produzidas.
Como a safra de verão representa quase a totalidade da produção de grãos e já se encontra finalizada segundo a Conab, poucas alterações deverão existir ainda durante este ano, explica o coordenador geral do Mapa.
Fonte: Suíno Cultura Industrial