Com a perspectiva de impulsionar das vendas com a chegada da Black Friday no segundo semestre de 2018, o setor de e-commerce pode ter seu desempenho acometido pelo cenário de instabilidade política do Brasil e recente escalada da moeda americana.
“Os grandes marketplaces já estão trabalhando nesse sentido desde março e abril deste ano. Essa é uma preparação que envolve tanto uma questão de tecnologia, para suportar o fluxo de usuários no período da Black Friday, também envolve planejamento logístico da compra e reposição desses estoques para o atendimento do volume de pedidos”, afirmou o CEO do Ebit, Pedro Guasti.
Segundo ele, para essa data comemorativa, a estimativa é de que os consumidores estejam dispostos a gastar 13% a mais do que o valor desembolsado no ano passado. “Geralmente, só temos uma visão clara do impacto real nos preços após três meses da ocorrência dessas altas”, estimou o executivo.
Ainda de acordo com ele, as incertezas políticas sobre o futuro do cenário político-econômico do País também pode influenciar a decisão de compra do consumidor até o final de 2018. O receio do brasileiro com o futuro e a renda mais estreita pode ser verificada no comportamento do usuário do primeiro semestre deste ano.
Segundo o estudo publicado pelo Ebit, os itens com valor agregado elevado – como por exemplo celulares e eletrodomésticos – foram as categorias de mercadorias que mais recuaram em termos de faturamento. No acumulado de 12 meses, o percentual de participação dos smartphones na receita do e-commerce brasileiro recuou 3,4 pontos percentuais, para 18,9%.
Fonte: DCI