A produção de açúcar no centro-sul do Brasil em 2018/19 deverá cair ao menor nível desde 2009/10, em meio à menor disponibilidade de cana e ao maior direcionamento de matéria-prima para etanol. A queda terá impacto no cenário de superávit global do adoçante, projetou a INTL FCStone na sexta-feira (28).
Conforme a consultoria, o centro-sul, principal região produtora do País, deverá fabricar 26,9 milhões de toneladas de açúcar no ciclo vigente, iniciado em abril, ante 30,4 milhões consideradas anteriormente e 36,1 milhões em 2017/18.
Na contramão, a INTL FCStone elevou sua estimativa de fabricação de etanol de cana para 30 bilhões de litros, de 28,2 bilhões na previsão passada, de julho, e 25,6 bilhões na temporada anterior.
“A decisão em produzir mais etanol tem sido sustentada por maior remuneração do biocombustível ante o seu coproduto, tendência que tem sido observada desde dezembro de 2017. Mesmo com queda nos preços entre maio e agosto, tanto o anidro quanto o hidratado proporcionaram maior retorno econômico”, afirmou em relatório o analista da INTL FCStone, João Paulo Botelho.
De acordo com ele, desde a última estimativa da consultoria, o biocombustível remunerou, em média, 8,3% a mais que o adoçante. A INTL FCStone leva em consideração um mix 35,6% da oferta de cana para produção de açúcar e 64,4% para etanol.
Fonte: DCI