A safra de soja 2018/19 do Paraná, segundo maior produtor nacional da oleaginosa, começa a sentir os efeitos das chuvas em excesso dos últimos dias, disseram integrantes do setor. Apesar do alerta, ainda é cedo para falar em perdas.
Nas últimas duas semanas, as precipitações superaram a média para o período no Estado, em especial no norte e noroeste, onde os acumulados ficaram até 60 milímetros acima do normal, segundo o Agriculture Weather Dashboard, do Refinitiv Eikon.
Na véspera, o Departamento de Economia Rural (Deral) relatou que há 2% das lavouras em condição “média” – até a semana anterior, 100% era considerada “boa”. Embora sutil, o dado reflete a chuva, que também tem atrasado o plantio. Até agora, 59% da área já foi semeada. “É o impacto da chuva. Nada que não possa ser contornado quando o clima voltar a uma situação benéfica”, disse o analista do Deral, Marcelo Garrido.
O departamento estima a colheita de 19,6 milhões de toneladas de soja neste ciclo, alta de 3% ante 2017/18.
A previsão, contudo, é de que as chuvas persistam. “Se isso ocorrer por muito tempo, o produtor terá dificuldade de entrar na lavoura para aplicar defensivos. Isso pode levar a alguma perda de produtividade lá na frente”, disse o analista técnico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Maiko Zanaella.
Fonte: DCI