Cinco em cada dez pais deixam os filhos participarem, em alguma medida, do processo de escolha dos presentes que as crianças receberão. O dado foi apresentado em um levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) divulgado ontem.
De acordo com a pesquisa, 41% dos pais compartilham com os filhos a decisão de que presente levarão para casa, ao passo que outros 9% deixam as crianças decidirem sozinhas o presente que vão ganhar. Já 47% dos entrevistados centralizam a decisão, sem permitir a participação dos filhos no processo de compra do presente.
Na avaliação do educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, o envolvimento da criança no processo de escolha dos presentes pode ser saudável para a formação das crianças e uma oportunidade para ensinar noções básicas de educação financeira aos filhos. "Uma boa alternativa para os pais saberem lidar com os desejos e frustrações dos filhos é pedir a criança ou adolescente que faça uma lista daquilo que espera receber, podendo colocar vários presentes como opção, mas que respeitem um determinado limite de valor", explica.
Prioridades
A pesquisa ainda revela que alguns pais costumam tomar atitudes extremas para garantir que os filhos não fiquem sem os presentes de Natal desejados. De acordo com o levantamento, 8% dos pais entrevistados admitem que vão deixar de pagar alguma conta para satisfazer a vontade dos filhos neste Natal, sendo que 5% não sabem ao certo qual conta vão atrasar o pagamento e outros 3% abrirão mão de quitar a fatura do cartão de crédito.
Para Vignoli essa atitude não é justificável. "O exemplo precisa vir de cima. Isso pode fazer com que muitos iniciem o ano no vermelho. O recomendável é comprar um presente que corresponde à realidade financeira da família", alerta.
Fonte: DCI