O estado tem três safras do grão: a primeira e mais importante é a safra das águas, que teve 16% de redução na área plantada. Em comparação com a temporada anterior, a produção caiu 21%, em toneladas. A média tem sido de apenas 1,6 mil quilos por hectare.
O calor e a seca prejudicaram o desenvolvimento das plantas e quem deixou para colher mais tarde está sofrendo com as chuvas praticamente diárias. Com excesso de umidade, a máquina nem vai para o campo.
O produtor Gustavo Ribas foi um dos muitos que reduziram a área de feijão. Nesta safra, foram 35 hectares, menos da metade do que ele plantava antes. E o que tem saído do campo não agrada.
"Já acionei o seguro, a ideia daqui para frente é reduzir ao mínimo, quase parar", conta.
Já Jerônimo Queiroz é um caso atípico. Na sua propriedade, que fica em Teixeira Soares, na região dos Campos Gerais, no Paraná, a produtividade foi de 2,83 quilos por hectare. Ele plantou feijão antes, colheu tudo há um mês e tem recebido boas propostas para negociar as sacas.
"Estão me oferecendo R$ 240 a saca para um feijão mais velho. É um preço muito bom." Nesta primeira safra, os paranaenses devem colher 260 mil toneladas de feijão.
Fonte: Globo Rural