Faltando dois meses para a Páscoa os ovos de chocolate começam a ganhar espaço nos supermercados. Em algumas lojas o produto já está nas prateleiras desde meados de janeiro. A projeção do mercado é de alta de 10% nas vendas em relação ao ano passado.
"A economia começa a andar e a confiança do consumidor tem aumentado. Ele deve consumir mais ovos e ovos mais caros", acredita Valmor Rovaris, superintendente da Apras (Associação Paranaense de Supermercados). A expectativa é de reajuste médio dos preços de 3%.
Segundo o gerente comercial do Grupo Muffato, Adilson Corrêa, a expectativa da rede é alcançar um crescimento de 5% na venda dos ovos de Páscoa com relação ao ano passado. "Se consideramos a categoria de chocolates como um todo, que inclui os ovos, os bombons, as barras e as coberturas, nossa previsão é de um aumento de 15% levando-se em conta a venda desse mesmo período em 2018", afirmou. A aposta do grupo está centrada nos produtos com brinquedos licenciados e nos ovos recheados.
A projeção dos Supermercados Cidade Canção é de incremento entre 12% e 15% nas vendas. "Depois de alguns anos em queda acentuada, a expectativa é de crescimento. A indústria vem mantendo os preços com leve aumento", comentou Ivan Moacir Ortiz da Silva, gerente de compras do Cidade Canção. O supermercado deve estar com as parreiras de ovos completas na primeira semana de março, mas já está oferecendo algumas marcas.
As empresas estão antecipando as vendas de olho no apetite do consumidor. "Quando ele (cliente) vê na loja, ele compra. E depois compra mais", disse João Ricardo Camargo, gerente comercial do Almeida Mercados. O supermercado antecipou em dez dias as vendas, segundo Camargo, com a intenção de repetir o bom resultado da estratégia de Natal.
O gerente comercial afirmou que a empresa trabalha com o mesmo volume de mercadorias do ano passado, sem expectativa de crescimento nas vendas. "O produto teve reajuste na casa dos 6% e estamos comprando para não sobrar", explicou.
Quem quiser produtos específicos precisa se programar, porque se deixar para a última hora poderá ficar sem e, possivelmente, não terão liquidações pós- Páscoa. A previsão da Apras é de que a indústria mantenha o posicionamento do ano passado, quando os ovos de chocolate foram recolhidos logo após a data.
"Antes, elas permitiam que se fizesse liquidações para queima de estoque. Mas ano passado mudaram o posicionamento", disse Rovaris. Ele acredita que pode haver uma antecipação de vendas em torno de 4%, em função dessa mudança.
Fonte: Folha de Londrina/PR