A menos de 40 dias para a Páscoa, dia 21 de abril, o mercado está a todo vapor para garantir o produto, que começa a chegar às prateleiras. E o otimismo é geral, na indústria e comércio, em razão da pequena retomada da economia e emprego. Além disso, como o calendário é móvel, a data caiu no final do quarto mês do ano, quando as tradicionais contas de início de ano e o custo do material escolar pesam no orçamento do consumidor. Outro ponto favorável é que estará mais frio e não tem desculpa de não comprar chocolate por causa do calor. A indústria ainda não tem os números fechados, mas espera produzir até 9% a mais que o ano passado.
Em 2018, a Associação Brasileira das Indústrias de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab), que reúne 70 empresas, 25 delas só de chocolate, produziu 11 mil toneladas de ovos e produtos de Páscoa, volume 26% maior que em 2017, um ano ruim para o setor. “Estamos confiantes, porque a data é excelente, temos mais tempo para produzir e o mercado de chocolate volta a ganhar espaço nos lares brasileiros”, comenta Ubiracy Fonseca, presidente da Abicab.
A tendência de adequar o produto para atender à demanda, que em 2018 trouxe ovos menores, com brindes e surpresas, continuará nesta Páscoa. “Não é hora ainda de aumentar o tamanho dos ovos, porque a economia ainda não deslanchou e o índice de desemprego continua elevado no País”, diz o presidente da Abicab, que em 2012 registrou patamar de produção de 15 mil toneladas.
No mercado há 35 anos, o empresário Osvaldo Nunes, presidente da Chocolândia, rede com 11 lojas no Estado, uma delas em Santo André, também está bastante otimista com as vendas para esta Páscoa. “Será a melhor Páscoa de todos os tempos”, acredita o executivo, que comprou cerca de 3,2 toneladas de chocolate, quase 15% a mais que no passado. “Será uma Páscoa e meia pra nós”, calcula.
Supermercados
Os supermercados respondem por mais de 60% dos canais de vendas da indústria no período de Páscoa, segundo a Abicab, e no segmento o clima é também de otimismo. De acordo com a Associação Paulista de Supermercados (APAS), o setor espera um aumento de 5% nas vendas no período em relação ao ano passado.
“Com um desemprego levemente menor e a confiança maior com o novo governo entre os empresários e os consumidores, os supermercados paulistas demonstraram isso com a projeção de 5% no aumento de vendas no setor, acima dos 4% para a mesma data no ano passado”, comenta Thiago Berka, economista da APAS, que fez pesquisa e verificou que 54% dos empresários do setor estão otimistas com o futuro, sendo que 85% confiantes em aumentos de venda nos próximos meses, o que inclui o período de 40 dias que antecede a Páscoa.
Alta de 5,62%
No levantamento, a APAS também observou mudança no hábito do consumidor, que deve comprar mais caixas de bombom e menos de ovos de chocolate. Exemplo de alta nos preços é o chocolate em barra, item essencial para a produção de ovos de Páscoa. Para este ano, o produto deve subir cerca de 5,62% no acumulado dos últimos 12 meses. Em geral, os doces sobem 2,33% beneficiados pelo bombom e as balas.
Por isso, o bombom promete ser o destaque desta Páscoa, segundo a associação, que aponta queda de 3,19% nos preços do produto. “Com a retomada econômica ainda lenta, o brasileiro deve ser uma alternativa para presentear e substituir os tradicionais ovos de Páscoa de chocolate”, avalia o economista da APAS.
Este foi o segundo teste do ano pós-Carnaval para o setor supermercadista. “A Páscoa ainda é a segunda melhor data para o varejo de alimentos, não só pelos chocolates, mas pelas compras de almoço e/ou jantar que as famílias realizam”, completa Berka.
Produto começa a chegar às prateleiras das lojas
Na região, algumas lojas já oferecem ovos de Páscoa para quem pretende antecipar a compra. É o caso das Lojas Americanas, que oferece ovo Top Mil de 120 g por R$ 9,99. No Carrefour Express, o ovo de Páscoa ao leite/crocante da marca sai por R$ 19,99 a unidade de 160g e a versão ao leite 150 gr, com copo dos Minions de brinde, por R$ 37,99.
Na Cacau Show, a oferta de ovos da marca é maior. Tem ovo ao leite com bombons (licor, crocante ou brigadeiro), de 350g, por R$ 49,90; e ovo ao leite com bombons recheados sabor trufa, de 200g, por R$ 29,90.
Outras opções são o Ovo La Creme ao leite/branco com trufas, de 360g, por R$ 49,90; ovo com casca recheada (bem-casado, mil folhas, brigadeiro, 5 chocolates e torta holandesa), de 400g, por R$ 59,90; ovo diet de 180g, por R$ 36,90; e ovo zero lactose, de 180g, por R$ 36,90.
Na Brasil Cacau, as prateleiras também estão cheias de ovos próprios. Tem ovo ao leite com trufas de chocolate ao leite/crocante/meio a meio e 52% cacau, de 150g, que sai R$ 26,90; ovo ao leite com trufas de chocolate ao leite/crocante/branco/meio a meio com flocos de arroz, de 350g, por R$ 41,90; ovo com casca recheada (trufado diversos sabores), de 400g, por R$ 56,90; e o Ovo Dinda (casca recheada de marshmallow), de 300g, por R$ 47,90. Para quem tem restrição alimentar a marca oferece ovo diet, de 350g, por R$ 49,90; e ovo zero lactose, de 150g, que sai R$ 33,90.
A Sodiê Doces, com unidades no ABC, lançou mais quatro sabores de ovos de colher, nas versões Chocomoça, Alpino, Negresco e Delícia de Chocolate feito com Kit Kat. A embalagem é composta por duas metades de ovos de chocolate recheados, de 330 a 340 gramas. Cada embalagem sai R$ 54,90. A marca já tinha 13 tipos de ovos na versão de colher tradicional. (Colaborou Letícia Vasconcelos)
Fonte: Repórter Diário do ABC