O faturamento do setor de atacado e distribuição cresceu 0,8% em 2018 sobre um ano antes, indo a R$ 261,8 bilhões segundo a pesquisa Ranking Abad/Nielsen, da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad).
A participação do segmento no setor apresentou estabilidade em relação ao levantamento anterior, de 2017, alcançando 53,6% em 2018. Para este ano, a Abad estima resultados bem mais robustos, considerando um cenário mais favorável que impulsione a retomada econômica.
"Se o governo conseguir dar andamento às medidas mais urgentes para o País, como a nova previdência e a reforma tributária, certamente a resposta dos investidores e setores produtivos não tardará", avalia o presidente da Abad, Emerson Destro. Confirmado esse cenário o setor pretende crescer até 2%, alinhado com o crescimento do PIB.
Em nota, a associação destaca alguns fatores que tiveram impacto no resultado, como a greve dos caminhoneiros, no primeiro semestre, e o cenário político mais turbulento em razão das eleições no segundo semestre. "O País tinha uma expectativa de crescimento bem maior, que acabou não se concretizando", observa Nelson Barrizzelli, coordenador de projetos da Fundação Instituto de Administração (FIA) e responsável pelas análises do Ranking Abad/Nielsen.
O crescimento maior das pequenas e médias fica evidente no estudo, confirmando a tendência de regionalização dos negócios do setor atacadista. Tal cenário, diz Barrizzelli, permite prever que novas empresas que ingressarem no setor serão de pequeno porte e de alcance regional.
Atacarejo
O segmento de atacado de autosserviço (atacarejo) registrou um crescimento nominal de 12,3% em 2018. Entre as empresas consultadas neste segmento, 96% apostam no crescimento no faturamento em 2019, 63% esperam manter o número de clientes.
A pesquisa revela ainda que 82,9% das vendas estão concentradas nas lojas físicas e 17,1% em canais de televendas, e-commerce, representante comercial e vendedor, mostrando que este modelo de negócios está apostando na diversificação dos meios de venda para ampliar o faturamento. Entre os investimentos previstos, a maior parte dos empresários apostam no uso de recursos para tecnologia de gestão e e-commerce.
Fonte: DCI