Agricultura biológica avança, mas o comércio de orgânicos ainda é problema

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Hoje a maioria dos agricultores já sabe produzir sem agrotóxicos e adubos químicos, o que torna a agroecologia uma tendência que além de oferecer produtos saudáveis, contribui para baixar os custos de produção, como explicou o consultor do Senar e produtor orgânico, engenheiro agrônomo Marcelo Sambiase, durante palestra no dia 24 de maio, na antiga CATI, (atual CDRS – Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável) em encontro regional sob o tema “Os novos desafios da produção da agroecologia nos dias de hoje”. O encontro foi promovido pela Ecofan (Associação de Agroecologia da Região de Rio Preto), em parceria com a CDRS e Associação dos Produtores Orgânicos e Agroecológicos do Noroeste Paulista.

 

Um exemplo desse avanço é a agricultura biológica, uma tendência em rápida expansão, feita com a aplicação de microorganismos que aumentam a atividade do solo, principalmente no cultivo de hortaliças. Marcelo destaca a contribuição das pesquisas em universidades, nessa área, para que o agricultor possa produzir com baixo custo e maior autonomia, podendo oferecer produtos de alta qualidade com mais facilidades. 

 

DESINTERESSE

Apesar dessas conquistas e do aumento da demanda, as dificuldades de comercialização de produtos orgânicos foi outro tema abordado. Para se ter uma ideia, o consumo desses alimentos em Jales não passa de 0,2% da população, conforme levantamento feito na Feira de Produtos Orgânicos, ao lado do Comboio, que funciona todas as quartas-feiras à tarde e sábados pela manhã. 

 

Essa falta de interesse faz com que esse tipo de alimento caminhe a passos lentos, na região, depois de um começo bastante animador, como destacou o engenheiro agrônomo Luiz Gonzaga, um dos participantes do encontro.

 

SOLUÇÕES

Luiz Gonzaga explica que na região a solução encontrada pelos produtores orgânicos é vender legumes para os supermercados, passando pelos atravessadores, onde muitos jalesenses acabam comprando até em outras cidades, pagando bem mais caro pelos mesmos produtos colhidos vários dias antes do que se comprassem os alimentos frescos, na feira ou nas cestas, que também não deram certo, por esse desinteresse.

 

Hoje se busca alguma alternativa de apoio da comunidade para incentivar o comércio de orgânicos na cidade e na região e um dos exemplos mais citados é o dos médicos de São José do Rio Preto que se uniram para indicar essa alimentação como alternativa mais saudável, inclusive para as crianças.

 

Fonte: Jornal de Jales

 

 

 


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