A pandemia não freou o consumo de produtos lácteos, ao contrário. Segundo um levantamento feito pela consultoria Nielsen, a venda de derivados de leite cresceu 5,3% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Na categoria, produtos como creme de leite, requeijão, leite em pó, leite condensado, leite fermentado e leite UHT (Longa Vida) foram os que mais tiveram saída nos supermercados.
Segundo o economista Glauco Carvalho, pesquisador da Embrapa Gado de Leite, uma das unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, o início da pandemia chegou a gerar apreensão, uma vez que o setor de food service representa cerca de 10% das vendas de leite no Brasil. “Mas o que vimos foi uma corrida das pessoas aos supermercados, o que acabou compensando esse primeiro impacto”, explica.
O economista acredita ainda que o Auxílio Emergencial do governo também tenha contribuído para o aumento do consumo. “O setor reagiu bem à crise e, em termos de abastecimento e estratégia, demonstrou bastante maturidade”, diz Carvalho. Prova disso é que, diferentemente do que chegou a ocorrer em alguns países, a grande maioria dos consumidores brasileiros (83%) afirmou ter encontrado com facilidade os produtos lácteos no mercado.
Comportamento do consumidor
Para acompanhar o comportamento do consumidor brasileiro de leite e derivados durante a pandemia, a Embrapa realizou, entre os dias 23 de abril e 3 de maio, uma pesquisa com 5.105 consumidores em todo o território brasileiro. O resultado mostrou que o derivado lácteo mais habitual nas compras dos brasileiros é o queijo. Apenas 3% dos participantes da pesquisa não consomem o produto. Na sequência, os consumidores têm o hábito de comprar manteiga, creme de leite, iogurte, leite condensado e leite UHT.
Mas o que chamou mesmo a atenção foi o fato de a marca ser apontada pelos consumidores como o fator mais importante na hora da compra dos derivados do leite, seguida pelo preço e pela qualidade. O resultado vai ao encontro do ranking Kantar Brand Footprint, que anualmente divulga um relatório global que mede a frequência com que as marcas estão sendo escolhidas ao redor do mundo.
Italac: líder no segmento e a terceira mais comprada no país
Neste ano, o estudo, baseado em pesquisa feita com 74% da população global, destacou a força das marcas locais, que representam 65,9% dos produtos colocados nos carrinhos de compras, enquanto a opção pelas globais ficou em torno de 34,1%. Entre as marcas nacionais mais presentes na vida dos brasileiros está a Italac. Considerada uma das maiores indústrias de lácteos do país, a empresa foi eleita a terceira na categoria de bens de consumo mais escolhida pelos brasileiros em 2019, atrás apenas de Coca-Cola e Ypê. A Italac também ocupa a liderança do ranking na categoria lácteos, marcando presença em oito de cada dez lares brasileiros.
Fundada em 1996 no estado de Goiás, a empresa vem lançando mão de algumas estratégias ao longo dos últimos anos para conquistar a liderança em sua categoria. Entre os esforços estão um portfólio variado, com o lançamento de produtos como leites UHT zero lactose e bebidas lácteas com whey protein.
Além disso, a empresa tem investido em tecnologia no campo e nas fábricas (capacidade instalada de produção de 7,1 milhões de litros por dia) e na capilaridade em vendas (produtos são encontrados em 20.000 pontos de venda). “Temos muito a agradecer aos mais de 17.000 produtores rurais, parceiros, fornecedores, além dos 3.300 colaboradores, que trabalham diariamente com amor, determinação e atenção a todos os detalhes para levar alimento do campo à casa dos consumidores”, afirma Andréia Alvares, gerente de marketing da Italac.
Fonte: Exame