Recentes aquisições fortaleceram a divisão que enfrenta o mercado acirrrado com a entrada da Sadia e Perdigão neste segmento que disparou na pandemia
O negócio de ração para cães e gatos pode representar de 10% a 15% do faturamento da BRF no futuro, indicou o CEO global da companhia, Lorival Luz, em evento do Credit Suisse.
A fala do executivo acontece após a forte entrada da dona de Sadia e Perdigão em pet food.
Em junho, a BRF fechou a aquisição da gaúcha Hercosul – dona da marca Biofresh – e da paulista Mogiana, dona da Guabi Natural. Para ficar com os dois negócios, a BRF investiu R$ 1,35 bilhão.
De acordo com Luz, a receita combinada das duas companhias adquiridas é de cerca de R$ 750 milhões – o equivalente a apenas 2% da receita líquida de quase R$ 40 bilhões registrada pela BRF no ano passado.
Com 10%, o negócio de pet food representaria no ínimo R$ 4 bilhões em vendas, o que indica o tamanho da aposta de longo prazo da BRF.
Meta ambiciosa
A companhia, que já declarou o objetivo de estar entre as duas maiores do Brasil em pet food, vislumbra um rápido crescimento desse mercado, que tem potencial para chegar a R$ 40 bilhões nos próximos anos.
Para a rentabilidade da BRF, a entrada em pet food também é positiva. Segundo Luz, os negócios de pet food têm margem Ebitda entre 15% e 20%, acima das margens costumeiras da indústria de frango e suíno.
No curto prazo, o foco da BRF é fazer as integrações de Hercosul e Biofresh, preservando o equilíbrio financeiro e o limite prudencial de alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda) em 3 vezes.
Para o futuro, o CEO da BRF citou também a possibilidade de entrar em pet food na Turquia e no Oriente Médio, onda a companhia já possui operações de carne de frango.
Fonte: Valor Econômico