O empresário Claudio Rodrigues, da CR Licenciamento, tem duas tatuagens no corpo: a mão da Nossa Senhora Desatadora de Nós no ombro e uma máscara kabuki no braço. Quando resolveu ampliar seus negócios e pesquisar um tema para lançar uma marca própria olhou-se no espelho e criou a Tattoo Age. "A tatuagem transita por diversas tribos: dos surfistas, skatistas, fashionistas. Portanto, com grandes chances de sucesso. Pesquisamos o assunto e tivemos consultoria para desenvolver desenhos nos estilos já consagrados." Depois de um ano e meio do lançamento, ele já tem 20 tatuagens licenciadas para sete empresas.
A primeira parceria foi com a Lupo, que produziu cuecas com os desenhos da marca. Em 11 meses a Lupo vendeu 625 mil peças, um faturamento de R$ 5 milhões. Ainda esse ano a empresa deve lançar nova coleção de cuecas e a primeira linha de meias. Hoje, a Tattoo Age conta com bolsas, carteiras, estojos, cadernos, mochilas e acaba de lançar óculos de sol tatuados com produção inicial de 10 mil peças. "Planejamos o lançamento de galochas, chinelos de borracha, tênis." No primeiro semestre desse ano a CR faturou R$ 500 mil. A meta é chegar em 2009 com R$ 2 milhões.
Pele I
Rodrigues diz que o diferencial de sua empresa é o foco na moda. A CR representa nomes como Alexandre Herchcovitch, Jum Nakao, Thais Gusmão, Simone Nunes, entre outros, e acaba de agregar Fernando Pires, designer de calçados, ao portfólio. "Ele é um nome bastante forte, que representa um objeto de desejo." Rodrigues quer fortalecer o segmento de moda, mas com marcas que tenham um apelo de público maior. "Tenho de escolher bem para não canibalizar marcas que represento." Entre os sonhos do empresário, está a representação dos irmãos Campana. Assunto, talvez, para a Nossa Senhora Desatadora dos Nós cuidar.
Veículo: Valor Econômico