Indústria estima crescer 10%.
A Fábrica de Produtos Alimentícios Emboabas (Aritana), com fábrica em Caeté, Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), prevê um aumento de 10% no faturamento total deste ano em relação a 2007. A expectativa se deve ao lançamento de novos produtos no primeiro semestre do ano, além do crescimento do poder aquisitivo da população, que conseqüentemente reflete no aumento do consumo. Para 2009, a empresa prevê repetir o índice deste ano e crescer 10%.
Com 150 funcionários, a Aritana, indústria mineira especializada na produção de pipocas e salgadinhos de milho, mantém o foco na consolidação da sua posição de liderança no setor em Minas e não tem planos de abrir novas unidades no Estado, mantendo as operações somente na planta de Caeté.
A afirmação vem da diretora financeira da empresa, Jussara Novaes. Segundo ela, a estratégia de investimento para aprimorar a qualidade dos produtos é, por enquanto, mais importante do que investir em outras unidades ou parcerias. "O mercado é bastante competitivo em Minas. Os custos de produção continuam altos. Por outro lado, é quase impossível repassar qualquer aumento para o consumidor", explicou.
De acordo com Jussara Novaes, isso obriga a Aritana a trabalhar com margens baixas de lucro e, dessa forma, a flexibilidade de negociação fica restrita. No entanto, segundo ela, os concorrentes vivenciam o mesmo dilema. "No ramo de pipocas e salgadinhos, ganha quem compra melhor, reduzir custos e ser mais criativo. Qualquer pequeno valor percentual faz muita diferença no lucro final", informou.
Inserida em um contexto competitivo, a Aritana trabalha com uma filosofia bem definida, que visa a rápida entrega. "Conseguimos atender todo o mercado regional pois temos uma meta obrigatória: entregar os pedidos em até dois dias", relatou a diretora sobre o diferencial do grupo. A empresa também atua nos estados do Rio de Janeiro e Goiás, mas tem Minas Gerais como principal mercado consumidor.
Para manter a força comercial no Estado, a Aritana procura equilibrar o potencial de vendas com o constante aumento do preço das matérias-primas alimentícias e insumos. "Apesar do aumento de alguns gastos, o faturamento está dentro das expectativas e os índices gerais de custos estão mantidos", informou a diretora.
O número de funcionários da empresa varia de acordo com a demanda das vendas, bem como ocorre também com o volume de produção, que é sempre flutuante, de acordo com Jussara Novaes. "Essa é uma característica do setor", completou.
Veículo: Diário do Comércio - MG