Fabricantes do setor esperam negócios de R$ 560 milhões com o Dia das Crianças
As indústrias de brinquedo instaladas no Estado devem vender de 5% a 7% a mais no Dia das Crianças deste ano, em comparação a 2007, segundo o presidente da Indústria de Brinquedos e Instrumentos Musicais e Similares no Estado Minas Gerais (Sindibrinq), Roberto de Paiva.
Além da força tradicional da data, o dirigente ressaltou que, apesar da alta dos juros e da inflação, o aumento do emprego e da renda devem ajudar nos negócios. "A economia continua apresentando resultados positivos", disse.
Os últimos números da Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de Belo Horizonte (PED/RMBH), feita pela Fundação João Pinheiro (FJP), mostraram recuo do desemprego, na passagem de junho para julho deste ano, saindo de uma taxa de 9,9% da População Economicamente Ativa (PEA) para 9,6%. Foi o menor percentual registrado desde o início do levantamento, em dezembro de 1995.
De acordo com Paiva, as encomendas para atender a demanda da data começaram entre julho e agosto. "O Dia das Crianças e o Natal são as datas mais importantes para o setor, praticamente equivalentes em termos de faturamento", disse.
A previsão da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq) é que somente com o Dia das Crianças, que representa 40% das vendas do ano, sejam contabilizados R$ 560 milhões, o que representaria incremento de 8% na comparação com o ano passado.
Para o Dia das Crianças deste ano, serão lançados cerca de 800 produtos, boa parte com preços que não devem ultrapassar R$ 30,00. O valor representa 70% daquele dos produtos que devem chegar às prateleiras das lojas este ano.
De acordo com informações da entidade, cerca de 80% das encomendas já foram feitas e o restante deverá ser finalizado nas próximas duas semanas. Para o ano, a previsão da Abrinq é que o faturamento da indústria nacional de briquedos chegue a R$ 1,4 bilhão.
Participação - Segundo Paiva, Minas Gerais é responsável pela produção de 30% a 35% dos brinquedos consumidos no país. "Só perdemos para São Paulo em volume de produção e de consumo de brinquedos", observou.
São cerca de 200 indústrias espalhadas pelo território mineiro, sendo boa parte de micro e pequeno portes. Entretanto, aproximadamente 30 empresas respondem por quase 98% da produção do Estado. O setor gera aproximadamente 6 mil postos de trabalho, número praticamente estável, segundo o dirigentem, em função do aumento da produtividade.
Para o ano, a previsão da entidade mineira é de crescimento na casa dos 7% frente ao resultado do exercício anterior, quando a expansão foi de 5%. "A economia mais firme, na comparação com anos anteriores, tem ajudado no resultado, que poderia ser melhor se houvesse mais consumo de brinquedos no Brasil. No nosso país, o item é considerado supérfluo", disse.
No que se refere às exportações, Paiva explicou que ela é feita de forma indireta, através de São Paulo. "Vale destacar que há cerca de 25 indústrias de brinquedos no Sul de Minas com matriz em São Paulo. A região é estrategicamente escolhida por estar próxima do Estado e ainda contar com mão-de-obra mais barata", observou.
Veículo: Diário do Comércio - MG