Computadores podem ficar mais caros a partir do ano que vem

Leia em 1min 50s

Corte do PIS/Cofins, que barateou os produtos em até 10%, tem prazo para acabar no final deste ano

 

Depois de prorrogar o corte do IPI sobre carros, eletrodomésticos e materiais de construção, o governo tem agora na mesa o pedido da indústria de eletroeletrônicos para estender a renúncia fiscal sobre os computadores.

 

Segundo o diretor da área de informática da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), Antônio Hugo Valério, a isenção do PIS/Cofins sobre computadores de até R$ 4.000, introduzida em 2005 com a chamada Lei do Bem, termina no final deste ano. Com o benefício, diz ele, esses produtos ficaram até 10% mais baratos, o que impulsionou as vendas no país.

 

Com o retorno da alíquota do PIS/Cofins, a Abinee prevê um "tombo" no ano que vem, por conta do encarecimento dos computadores. De acordo com Valério, em 2004, a indústria produziu 4 milhões de unidades. Em 2008, foram 12 milhões, uma alta de 200%.
"Se o benefício não for prorrogado, vamos regredir muito. A indústria vai voltar no patamar anterior", disse ele.

 

O diretor da Abinee não soube precisar o volume de arrecadação que o governo abriu mão com a Lei do Bem. "Mas, certamente, o governo acabou ganhando mais do que perdendo, mesmo porque a informalidade na indústria diminuiu muito, de 73% em 2004 para 35% no ano passado. E com isso foi possível arrecadar mais"

 

Procurado, o Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) não retornou.
Valério disse que a Abinee já iniciou as tratativas com o governo, mas a resposta tem sido "morosa" até agora.

 

Indústria

 

O faturamento da indústria de informática caiu 7% no primeiro semestre ante igual período de 2008. A queda é menor do que a registrada no setor eletroeletrônico como um todo (-13%). Segundo o presidente da Abinee, Humberto Barbato, para o fechamento do ano, a receita do setor deve cair entre 2% e 5%. "A percepção é de que os números não serão bons."

 

Veículo: Folha de S.Paulo


Veja também

Lista de compras cresce até na crise

Consumidor ampliou e sofisticou a relação de produtos que levou para casa no 1º semestre   O c...

Veja mais
Crise não afeta alimento, bebida e limpeza e higiene

Consumo desses produtos não se alterou e houve até a inclusão de novos itens entre as classes de me...

Veja mais
Publicidade dirigida aos pais

Empresas de alimentos fazem código de conduta voluntário para não fazer propaganda para crian&ccedi...

Veja mais
Milho terá menor área desde

Abastecimento interno vai depender do bom desempenho da safrinha, que é uma incógnita devido aos problemas...

Veja mais
Venda de genéricos sobe 19% no semestre

A venda de medicamentos genéricos no Brasil gerou uma receita de R$ 2,015 bilhões no primeiro semestre, al...

Veja mais
Anúncios deixam de ser dirigidos a crianças

Indústrias e anunciantes fecham acordo e terão pais como público-alvo   A partir de hoje aum...

Veja mais
Só 7% dos clientes avaliam sustentabilidade

Comportamento socioambiental do fabricante não é importante para a maioria dos brasileiros; países ...

Veja mais
Ahold afirma estar preparada para sair às compras

Michael Steen, Financial Times, de Amsterdã   A rede varejista holandesa Ahold anunciou lucro trimestral ac...

Veja mais
Baixa renda e classe média desbancam marcas líderes

Lílian Cunha, de São Paulo   Qual é o molho de tomate que mais vende no Brasil? Que marca de...

Veja mais