Luiz Cruvinel
Empresários pedem a Temer adiamento da votação na Câmara.
O presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Clésio Andrade, e representantes do setor apresentaram nesta quarta-feira ao presidente da Câmara, Michel Temer, argumentos contra a votação da PEC que reduz a jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais (PEC 231/95) neste ano. Eles estiveram reunidos com Temer na Câmara.
Os empresários argumentaram que a votação de uma PEC como esta em ano eleitoral é “problemática”, pois seu objetivo - instituir benefício para o trabalhador – pode se constituir em mecanismo de pressão política e acabaria forçando os parlamentares a votar a favor da proposta.
Qualificação profissional
Clésio afirmou ainda que a redução da jornada de trabalho não contribuirá para aumentar os índices de emprego no País. Ele aponta a falta de qualificação como uma das principais causas do desemprego.
O presidente da CNT citou como exemplo da importância da qualificação no mercado de trabalho a necessidade crescente de conhecimento de informática para dirigir caminhões e operar trens. Ele lembrou que esses veículos são hoje quase inteiramente controlados por computador e exige dos motoristas e operadores familiaridade com o equipamento.
Construção civil
Também participaram da reunião representantes da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Os empresários do setor alegam que redução da jornada vai aumentar os gastos, o que poderia resultar em uma desaceleração nas contratações para compensar a perda de competitividade. Outra consequência imediata, segundo eles, será o aumento do custo direto das moradias do programa Minha Casa, Minha Vida.
Fonte: JusBrasil (11.03.10)