O ministro Cezar Peluso, presidente do Conselho nacional de Justiça e do Supremo Tribunal Federal, realizou nesta quinta-feira (31/3) a abertura do workshop de metas nacionais do Poder Judiciário, no qual serão apresentados os resultados finais do cumprimento das metas de 2010 e o plano de trabalho para o atingimento das metas traçadas pelos tribunais para 2011.
Para o presidente do CNJ, é importante esclarecer à sociedade o real trabalho do Judiciário. "É preciso explicar à opinião pública o imenso trabalho e dedicação que existem por trás desses números". Na opinião de Peluso, os problemas do Judiciário não dependem apenas do esforço dos magistrados, mas de recursos materiais nem sempre presentes.
Ele lembrou do cuidado ao avaliar os dados de 2010, pois algumas metas impõem a redução de insumos, ao mesmo tempo em que outras impõem o aumento de trabalho, o que é bastante difícil de conciliar. "Precisamos fazer com que a sociedade entenda que pequenos desvios isolados que acontecem no Judiciário, assim como em qualquer outra instituição, não representam o sentido e a fisionomia do Judiciário brasileiro, que é um dos melhores do mundo", diz o ministro.
A ministra Eliana Calmon, corregedora nacional de Justiça do CNJ, também participou da cerimônia de abertura do evento, que reuniu todos os presidentes de tribunais brasileiros no auditório do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT). De acordo com a ministra, a corregedoria deve oferecer suporte e orientação aos tribunais para que as metas e políticas traçadas pelo CNJ possam ser cumpridas corretamente. A ministra Eliana Calmon também destacou a necessidade de fazer as devidas correções de rumo quando alguns magistrados desviam do caminho da ética. "Não posso me calar e nem colocar nada embaixo do tapete, pois um desvio prejudica toda a magistratura", diz a ministra.
Luiza de Carvalho
Agência CNJ de Notícias
Fonte: Conselho Nacional de Justiça –CNJ- (31.03.11)