Durante sessão de homenagem a aposentados e pensionistas, nesta segunda-feira (25), o presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores, José Calixto Ramos, disse que o fim do fator previdenciário é uma "batalha permanente". Ele também defendeu reajustes para os aposentados que ganham mais de um salário mínimo.
- Nós vamos ter uma batalha permanente para tentar derrubar o veto, para tentar conseguir o reajuste para os que ganham mais do que o salário mínimo e, quem sabe, começar a pensar um pouco também na reposição das perdas - disse o sindicalista, ao lembrar o veto do ex-presidente Lula ao fim do fator previdenciário , aprovado pelo Congresso.
O presidente da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Warley Martins Gonçalles, também cobrou do governo uma política de valorização de aposentadorias e pensões. Ele lamentou que aposentados que ganham acima de um salário mínimo não contem com uma regra de reajuste dos proventos.
- Queremos negociar um aumento, igual ao do ano passado, de 80% do PIB - disse.
Para Warley Gonçalles, a Previdência só cuida dos trabalhadores na ativa. Para os aposentados, disse, "não oferece nada, só reduz a aposentadoria".
O presidente da Cobap defendeu ainda a criação de cinco centros de convivência de idoso no país, a serem mantidos pelo governo federal.
Já a secretária-executiva da Frente Parlamentar e de Entidades em Defesa da Previdência Social Pública, Josepha Britto, lembrou que a Constituição de 1988 e leis aprovadas durante o governo Lula contribuíram para o estabelecimento de direitos para aposentados e pensionistas, mas salientou que a seguridade social não foi consolidada no país.
- Não pretendo morrer sem um dia ver a seguridade social sendo cumprida neste país. Que contribuam todos os que podem e recebam os que necessitam - disse.
Fonte: JusBrasil (26.04.11)