O modelo de três pinos foi desenvolvido pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) com a intenção de aumentar a segurança do usuário doméstico. A transição para o novo modelo foi discutida nesta terça-feira em audiência pública da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara.
Um dos autores do requerimento para a audiência, o deputado Sandro Alex (PPS-PR) enxerga problemas na efetiva adoção das novas tomadas. Ele reclama que houve pouca divulgação da medida. “Temos 20 dias até 1º de julho para que entre em vigor toda essa nova regra. Tenho certeza que a maioria absoluta da população não tem conhecimento sobre esse assunto."
Gambiarra
Sandro Alex enfatiza que a adaptação dos imóveis ao novo padrão de tomadas custa caro. O que acontece na prática, ressalta o parlamentar, é a utilização de adaptadores irregulares e benjamins que continuam expondo o cidadão a riscos de choques, incêndios e outros acidentes. "Estão institucionalizando esse adaptador, que na verdade é uma gambiarra.”
Segundo o diretor de qualidade do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), Alfredo Carlos Orphão Lobo, a implantação do novo modelo de tomadas custa menos de R$ 30 por família, em média. Para ele, o preço pago é pela maior segurança. "O objetivo foi, acima de tudo, para promover mais a segurança nas instalações elétricas residenciais. O número de acidentes provocados por curto-circuito, por choques elétricos era bastante significativo com a falta de padronização. E esse, portanto, foi o fato gerador, foi o que nos levou a padronizar com exigências de segurança mais rigorosas".
Os comerciantes que continuarem vendendo tomadas e eletroeletrônicos com o modelo antigo de plugues poderão levar multas que variam de R$ 100 a R$ 1,5 milhão. Segundo o Inmetro, 80% dos aparelhos existentes podem ser ligados na nova tomada, sem necessidade de adaptação.
Agência Câmara
Autor: Rádio Câmara/RCA
Fonte: ConsumidorRS (08.06.11)