De acordo com a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), 95% dos consumidores carregam suas compras nas sacolinhas no Rio Grande do Sul
Pedro Moreira | pedro.moreira@zerohora.com.br
Uma pesquisa divulgada hoje pela Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) revela que a maior parte dos consumidores é contra a proibição da distribuição de sacolas plásticas no varejo do Estado. Conforme os resultados do estudo, 63,2% dos gaúchos é contra o fornecimento, enquanto os outros 36,8% são favoráveis ao veto aos sacos plásticos.
O levantamento aponta que 95% dos gaúchos carregam suas compras para casa nas sacolinhas, e que 70,2% associam o item de forma positiva à facilidade no transporte e à reutilização para acondicionar o lixo, por exemplo. A prática de utilizar os sacos para colocar os resíduos domésticos é adotada por mais de 70% das pessoas consultadas.
Conforme o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo, a ideia da entidade é estimular o debate sobre o tema e conscientizar a população para o consumo consciente:
- Precisamos de um consumidor que participe da redução do consumo. Quando pensamos em cobrar pelas sacolas, há dois anos, desistimos. Percebemos que apenas estaríamos onerando o consumidor - explica.
Entre os que são favoráveis à proibição da distribuição, o principal argumento é a preocupação em não poluir o ambiente. O levantamento do Instituto Segmento entrevistou 400 pessoas entre os dias 14 e 20 de junho.
Confira alguns resultados da pesquisa:
- 42,8% são definitivamente contra a proibição das sacolas plásticas
- 38,3% são favoráveis à retirada das sacolas somente quando houver uma alternativa comprovadamente eficaz para substituí-las
- 97,7% dos entrevistados afirmaram que reutilizam as sacolas plásticas
- 74,8% disseram que a rotina se tornaria pior com a proibição da distribuição
- 70,5% afirmaram que começariam a carregar as compras utilizando sacolas de pano ou caixas se os sacos fossem abolidos
- 67,3% pretendem comprar sacos de lixo plásticos caso as sacolinhas não sejam mais fornecidas pelo varejo
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Fonte: Zero Hora (07.07.11)